quinta-feira, 30 de julho de 2009

terça-feira, 28 de julho de 2009

da arte de fazer o comer

Depois de no século XVIII se ter revolucionado os meios de produção com a invenção da máquina a vapor; depois do motor de explosão no século XIX e do chip electrónico no século XX, a grande invenção que revolucionou o mundo cá dentro de casa é sem dúvida a máquina mágica de design alemão conhecida por Bimby!
Antes céptico, agora convencido!
Esta é sem dúvida uma das novas maravilhas do mundo actual que me fez, finalmente, começar a comer bem em casa (algo que não acontecia desde os tempos em que saboreava diariamente aquelas iguarias que só a nossa mãe sabe fazer). Com todo o respeito pela Alex (e por mim, que lá ia fazendo as primeiras incursões, de um modo muito primário, na nobre arte da culinária), fiquei rendido a esta máquina! Aliás, a rendição foi unânine cá em casa! Até o Diogo já come com maior satisfação!

Desde as sopas, com aquele paladar aveludado, às sobremesas, passando por pratos variados, gelados e aos néctares, a Bimby trouxe uma nova alegria ao lar! Eu comecei a gostar de estar na cozinha. Se antigamente confeccionar um simples prato qualquer obrigava-me a sujar um sem número de tachos e demais alfaias da cozinha, a Bimby veio atenuar de sobremaneira o caos que era fazer um simples caldo verde!
É caro, sem dúvida, mas se fizermos bem as contas vamos ver que poupamos no gás, não gastamos muito mais electricidade e o tempo que ganhamos também serve as estatísticas da boa gestão doméstica!
Meus amigos, depois de devorar as tais belas lulas recheadas com um aveludado e suculento esparregado (pratos confeccionados em 25 minutos!), posso aqui afirmar, com veemência, que a Bimby é uma autêntica fada do lar!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

rasgar ou reciclar?


As recentes eleições europeias lançaram no seio do Portugal partidário uma série de estímulos quanto ao ciclo eleitoral que se avizinha a partir de finais do Verão. Apesar da fortíssima abstenção (que acerca da qual já me pronunciei), a derrota do PS por números esmagadores (segundo as análises de muitos politólogos) animou o PSD. Animou igualmente o CDS, preferindo os centristas concentrarem esforços no ataque aos centros de sondagens que, segundo as suas previsões, colocavam o partido de Paulo Portas bem longe do parlamento em Estrasburgo. Algo que se viria a declarar como profundamente erróneo. Segundo Portas, este mau trabalho por parte das sondagens poderia condicionar os votos de quem queria mesmo votar no CDS-PP. Como eternos vencedores, os comunistas conseguem permanecer como parasitas no seio de um parlamento dominado por ideologias completamente contrárias às suas. Também o Bloco de Esquerda consegue aumentar a sua participação europeia, colocando dois deputados no meio de tanto neoliberalismo! O PSD está assim convencido de que a maioria alcançada nas europeias será um sinónimo de vitória nas próximas legislativas. Ferreira Leite encontra um trampolim fortíssimo para um ano político que, segundo outros tantos politólogos, estaria a priori condenado ao fracasso. Há um ano atrás ninguém daria esta vantagem ao PSD, tendo muitos defendido a urgência de novos partidos dissidentes face ao descalabro que marcou as últimas lideranças laranjas desde a desistência de Durão Barroso em 2004. Até Alberto João Jardim recusa convidar a líder laranja para o célebre woodstock madeirense, o comício de Chão da Lagoa, por considerá-la como uma face perdedora.
Sócrates, quando confrontado com os mesmos resultados, admitiu algum desgaste da imagem do seu executivo, provocado por algumas políticas menos populares por ele tomadas. E como nestas coisas o marketing é que conta, o acessor para a imagem pública do nosso PM investe num extreme make over, explorando um lado mais "Madalena Arrependida" do líder dos socialistas. Marcante foi a entrevista por si dada à RTP ou à SIC (confesso que não me recordo), mostrando esta nova opção de retórica política. Com lágrimas nos olhos, Sócrates pôs de lado alguma da sua arrogância (que, confesso, para governar esta gente é, por vezes, necessária) e apresentou-se, não como um Kalimero, mas como que a pedir desculpa e compreensão pelas suas opções tantas vezes contrárias ao que havia pronunciado em campanha. Perante isto, temos um ano eleitoral bem quente.
Há um ano atrás, todos criticavam Ferreira Leite pela sua omissão relativamente a certos aspectos. Pelo seu desprezo pelos media, Ferreira Leite optava pelo silêncio. Os politólogos aí sentenciaram a sua morte política.
Com as Europeias no horizonte, Paulo Rangel confirma o talento proeminente já revelado no senado de S.Bento.
Indo de encontro às pessoas e aos seus reais problemas, o PSD optou por um contacto directo, tendo essa opção de campanha resultado que nem ginjas. Sócrates, fascinado pelo "Choque Tecnológico", atirou Vital Moreira às feras não ligando aos eventuais (que se confirmariam) resultados de uma candidatura infeliz marcada por infelizes citações que evidenciaram uma descoordenação entre o Partido e o cabeça-de-lista.

As questões são estas agora:

1ª Terá o PSD ganho as eleições? 2ª Ou terá antes sido o PS a perdê-las?
3º Há mérito de Ferreira Leite ou Rangel nesta vitória?
4ª Conseguirá o PSD resolver o assunto, sabendo que Rangel está lá algures na Europa?

Ferreira Leite não teria ganho as eleições sem o rosto e a frontalidade de Paulo Rangel. Ele é o verdadeiro rosto da vitória do PSD! E considero que Rangel fará falta a um eventual governo laranja. E se se mantiver a coerência de discurso quanto às tão discutidas (e hilariantes) duplas candidaturas, Rangel pouco poderá fazer lá longe, na Europa. Fazendo regressar Rangel poderá ser um atentado à tal visão transparente exigida por Ferreira Leite. Poucos acreditariam, há nem um ano atrás, nesta vitória. Mas muitos acreditariam num eventual desaire socialista. Se virmos bem, desde que foi eleito em 2005, Sócrates só tem conseguido desaires atrás de desaires nos sufrágios realizados (excluindo o referendo ao aborto que tem contornos que se medirão fora do âmbito ideológico): a derrota nas presidenciais, não para Cavaco, mas para Manuel Alegre; e agora as europeias. O adversário principal do PS não se encontra na oposição mas dentro do seio do próprio partido: as dissidências (que afinal de contas não são nada de novo) com Helena Roseta (em 2007 para a Câmara de Lisboa) e com Alegre, colocam o PS em estado de alerta. Se a isto aliarmos a má imagem que todos os dias é publicada nos media, o PS arrisca-se mesmo a ter de mudar a trouxa para a bancada da oposição. Apesar de tudo isto, considero que Sócrates é o melhor primeiro-ministro desde há muitos governos constitucionais. É arrogante. É dado aos esplendores de um (quase) culto da personalidade e adora modificar, segundo o que mais lhe convém, o teor das perguntas que lhe são colocadas. Ferreira Leite, sem explicar como, já estabeleceu os trâmites de uma sua eventual legislatura: limitar a intervenção do Estado; apoio às PME's dado a sua importância no fortalecimento do PIB e no garante de emprego; política orçamental rigorosa sem despesa pública que condicione o futuro financeiro do Tesouro. Inclusivé, Ferreira Leite já fala em "povo"! Substantivo que andava há muito ausente da oratória laranja! Sem explicar o modus operandis, Ferreira Leite já estipulou os objectivos. Como fazer? Logo se vê.... A política do "rasgar" já não pode colar. Em vez de rasgar, há que reciclar. Reciclar todo um país que teima em considerar a eterna crise como o pecado original. Um país em crise estrutural: todas as conjunturas assim se enquadram neste cenário. Um país com memória curta que já não se lembra da política da tanga; do aumento do IVA de 17 para 19% (minando assim as tais PME's pelas quais Ferreira Leite tanta preocupação demonstra); o Código do Trabalho de Bagão Félix (que serviria de base ao actual Código tão contestado) e a obcessão pelo défice. E isto já para não falar da política de defesa nacional (cujo Ministro Paulo Portas tão bem encabeçou...) com a compra dos tais submarinos que ainda vamos ter de pagar! E culminou tudo isto no abandono de Durão Barroso, na subida de Santana Lopes levando mesmo, na altura, Ferreira Leite (então a tal "Super-Ministra") a abandonar o novo (e à força) XVI Governo Constitucional, discordando daquele que agora apoia para o município lisboeta.

Se o PSD ganhar, será que isto vai melhorar? Será Sócrates o bode expiatório de um país constantemente em crise?
Mesmo se a crise terminar, deverá voltar tudo à antiga fórmula de entregar a Economia às livres pulsações do mercado? Se o PSD ganhar, iremos ter menos Estado Social?
Realmente, toda esta telenovela faz-me pensar acerca da necessidade de reciclar ou rasgar. Mais episódios se avizinham...

depois da paternidade...a padrinhidade!!

Pois é! Já vi que este ano é o ano dos bebés!!!! Depois do nascimento do meu Diogo, fui agora convidado para ser padrinho de baptismo desta amorosa coisinha chamada Catarina, autora e responsável pelo primeiro calduço que o Diogo recebeu, um dia após ter nascido! :)))
Esta bebé, que em Setembro fará 1 aninho, é a filha do meu amigo/mano/colega dos Carapaus Rui Estevão.
Muita honra sinto ao ter sido escolhido pelo Rui e pela Joana (a mamã da Catarina). Para além de adorar a Catarina, os papás são para mim duas referências daquilo que significa uma verdadeira amizade. O Rui é, talvez, o irmão que eu nunca tive! Mas agora passamos a ser compadres também!!!
A cerimónia será no dia 6 de Setembro!
Não estando muito habitué a estas coisas, já me imagino a segurar a velinha e a menina, ao mesmo tempo que leio a epístola! :)
Até vai ser divertido!

domingo, 19 de julho de 2009

alberto joão "até" tem razão...


Alberto João Jardim voltou a mostrar que continua igual a si próprio. Nota-se perfeitamente o estado avançado a que o síndrome da ilha chegou. As suas declarações acerca da necessidade de extinguir constitucionalmente o Comunismo em Portugal fizeram, como seria de esperar, levantar a polémica na opinião pública e meios partidários responsáveis.
Se o Fascismo ou qualquer regime político de características autoritaristas de direita são negados na Constituição Portuguesa, para Jardim o Comunismo também representa, à esquerda, outro desses regimes autoritaristas, devendo por isso ser proibido no texto fundamental. Já mais para o fim da semana, Jardim veio pôr alguma água fresca na fervura ao considerar que deverá haver a preocupação de actualizar o texto constitucional, fazendo uma correcta distinção nos critérios respeitantes a ideologias.
A nossa constituição, saída do fervor revolucionário de meados dos anos 70 (e à imagem de tantas outras que desde o século XVIII visaram legitimar formas e estilos de exercícios políticos por todo o mundo), estaria marcada pelo medo de um eventual retorno ao regime anterior, fazendo, por isso, alusão à necessidade de colocar preto no branco uma proibição perante esse eventual retorno. Sendo Portugal, até 1974, um país cujo regime se enquadrava no Totalitarismo pró-italiano e germânico, catolicista e nacionalista de direita, os deputados à Constituinte de 1975 (de maioria socialista e comunista) quiseram ressalvar e assegurar o não regresso de um passado não muito distante.
Porém, considero que Jardim estará, de certa forma, correcto.
O problema aqui não será proibir ou permitir regimes ou ideologias. Penso ser essa uma tremenda falsa questão. Deve a espinha dorsal do Direito português prever, acima de tudo, eventuais abusos aos direitos naturais e fundamentais por partes desses ou outros regimes (mesmo aqueles que, no senso comum, se caracterizam como sendo democráticos).

A Democracia deve, de forma a ser verdadeira e honesta, aceitar todas as ideologias pois todas elas têm traços característicos e importantes para uma boa manutenção e construção daquilo a que se chama "Estado".
Não sou comunista mas considero a validade de algumas das suas propostas. Assim como não me identifico com os centristas, apesar de apoiar completamente as suas visões acerca de matérias como Segurança Pública ou Subsídios e Apoios Sociais.
Jardim, sem retirar aquilo que afirmou, falou mais tarde de uma questão meramente epistemológica. Para ele, dever-se-á alterar a Constituição, substituindo as organizações e grupos fascistas por organizações e grupos de carácter totalitarista.
A nossa Constituição merece, e deve, ser urgentemente actualizada. É ainda muito carregada ideologicamente. É ainda uma Constituição que proíbe ser fascista. E se pensarmos bem, proibir o fascismo é, por si só, uma medida própria dos regimes fascistas e não democráticos.
A verdadeira democracia é aquela que todos aceita. E caberá a cada um de nós reflectir acerca do real valor e alcance que determinada ideia poderá eventualmente ter.
O problema não está nas ideologias mas sim nas práticas que geram abusos.
O Comunismo teve, durante a História, páginas demasiado negras para que lhe atribuamos o exemplo de regime puramente democrático. Mas se olharmos bem, o Capitalismo (tradicional pólo oposto ao Comunismo) tem igualmente bastantes páginas negras, levando diariamente à morte milhares de pessoas em todo o mundo.
Se o Comunismo nasceu como preocupação social de atingir a pura igualdade na disposição e usufruto dos meios de produção e subsistência, o Capitalismo acentuou, à sombra do Liberalismo Social e Político, o direito ao egoísmo e à irrelevância selvática.
Uma das mais negras marcas do Capitalismo foi a distinção entre países desenvolvidos/industrializados e países sub-desenvolvidos (dependentes da exploração dos primeiros e que, actualmente, se chamam, pomposamente, de países em vias de desenvolvimento).
Esquecemo-nos tantas vezes que África está como está devido à interveniência que os europeus dos ditos países industrializados, já em finais do século XIX, tiveram na sua partilha consoante interesses, esquecendo-se completamente das complexas conjunturas sociais, culturais e organizativas do continente negro.
O Comunismo nasceu como uma ideia face a uma nova conjuntura: a industrialização e os anátemas que dali resultaram. Penso que Marx, ao redigir o Manifesto que fundaria o movimento internacional operário, não teria em mira verdadeiramente uma proposta de governação operária. Antes seria uma sensibilização dessa classe,por si apelidada como explorada, para que se unisse num esforço conjunto para lutar face às crescentes desigualdades.
A própria União Soviética, realidade geopolítica nascida do esforço e da luta dos ditos oprimidos, tentou encarnar, em termos políticos, as ideias de Marx e Hengels.
Lenine recuou quando viu que afinal de contas o Comunismo seria impossível sem uma boa dose de Capitalismo. Morre em 1924. Traída pelas purgas de Stalin, a linha Leninista sucumbiu com a morte de Leon Trotsky às mãos de Stalin.
Sem dúvida que, em nome do Comunismo, vários foram os crimes cometidos. Depois da morte de Stalin, em 1953, Nikita Kruschev denunciou uma série de episódios macabros levados a cabo durante o período de Stalin. Mais tarde, Gorbachev permitiu o levantamento de todos os crimes e atentados aos direitos humanos entre 1917 e 1985, no âmbito da sua Glasnost.
A diferença entre Hitler e Stalin está no simples facto de um ter iniciado uma guerra mundial e o outro tê-la ganho.
É inegável o facto de que os comunistas ajudaram a minar o regime salazarista, enquanto muitos fugiam do país,
para fundar movimentos e partidos no estrangeiro.
Mas é inegável igualmente que estes mesmos comunistas, após o 25 de Abril de 1974, teriam uma ideia de democracia popular baseada num só partido e sindicato. Para os comunistas, o PC seria o único órgão que serviria os interesses das massas operárias e camponesas. Ao contrário dos restantes partidos, que serviam acima de tudo os interesses capitalistas.

Resumindo e concluindo: tudo isto tem a ver com uma questão de saber escolher de forma esclarecida, respeitando opiniões e valorizando as diferenças. Concordo com Jardim quando este defende a alteração constitucional no que respeita à proibição de Totalitarismos, em vez de Fascismo. Seria mais correcto e inteligente.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

terça-feira, 14 de julho de 2009

segunda-feira, 13 de julho de 2009

estupidez humana

A festa de S. Firmino, em Pamplona, atrai anualmente milhares de pessoas a esta cidade espanhola.
Uma das principais atracções será mesmo a largada de touros pelas ruas da cidade, em que milhares de pessoas testam a sua coragem e virilidade, comprometendo (como foi o caso deste ano) a sua própria integridade física. A estupidez humana tem destas coisas, como a imagem documenta. Não tenho pena nenhuma e acho que ainda são poucos os acidentes (ou incidentes) que deste tipo de rituais resultam.
Seja em Barrancos, no Campo Pequeno ou mesmo num outro país, assino já o protesto contra este tipo de cerimónias que envolvem sacrifícios/desrespeito de animais.
As touradas são para mim um triste resquício da velha nobreza e fidalguia poeirenta de outros tempos. Os forcados? Gostava de os ver na arena com um animal acabadinho de sair lá de dentro... e não cansado e trespassado por bandarilhas.



terça-feira, 7 de julho de 2009

pina bausch (1940-2009)

Numa época de enormes perdas no mundo artístico, seria ofensivo não relembrar também a coreógrafa/bailarina Pina Bausch, falecida muito recentemente.
Não sendo apreciador de dança ou bailado, tenho de reconhecer que o trabalho desta senhora alemã contribuiu, de forma decisiva, para as rupturas estéticas e sociais que a arte contemporânea evidenciou a partir das últimas décadas do século XX.
Se os anos 60 se traduziram naquela tão propalada revolução sexual, onde a mulher se assumiria cada vez mais como dona de si e do seu corpo, o trabalho de Pina Bausch agregaria toda essa nova postura de ruptura face a preconceitos sociais anteriores e ultrapassados...mas resistentes. Não sendo talvez a sua primária finalidade, é certo que a reformulação da dança por si defendida, a partir de uma ruptura com os cânones clássicos do bailado ou ballet de court, traria ao corpo da mulher a dignidade que ainda muitos teimavam em negar. A expressão do corpo no bailado de Bausch traduz emoções, sejam elas calmas, obstinadas, violentas ou delicadas. É no seu corpo que se encontra toda a magia do trabalho artístico enquanto acto comunicativo.
O corpo da mulher, como tela ou como paleta cromática, é onde se desenha e se pinta tudo o que se transmite.
Pina Bausch é hoje reconhecida como a criadora daquilo que se chama "Teatro-Dança". Sem falar ou debitar texto, o corpo tudo nos diz e nos apela.
Almodôvar, admirador das linguagens femininas no seu âmbito mais íntimo, não esqueceu o valor de Pina Bausch, incluindo até num filme seu um excerto de Café Muller; peça fundamental da autora.