segunda-feira, 30 de julho de 2007

XAU!!!

Vou de férias finalmente. A Holanda espera-me!!!
Durante doze dias não quero ouvir falar da crise...do défice...do estado miserável da Nação...das contratações dos três grandes...das séries televisivas de recorte cultural enorme...dos incêndios...dos Sócrates nem filosofia barata alguma...nem quero dar Cavaco de nada...
A todos vocês Boas Férias ou Bom Trabalho, conforme os casos!!!

quinta-feira, 26 de julho de 2007

DIA DOS AVÓS


Já não tenho avô nem avó...nenhum...nem da parte do meu pai...nem da parte da minha mãe...
Mas sinto muitas saudades da minha avó Ermelinda que muitos de vocês conheceram e sabem bem o que se passava ali...
TENHO MUITAS SAUDADES POIS MUITO DO QUE SOU A ELA O DEVO (digamos, no bom e no mau sentido... ;) )

Se ainda têm a felicidade de poderem tê-los convosco, valorizem isso pois... quem me dera a mim...

FICA A HOMENAGEM!!!!

domingo, 22 de julho de 2007

SIMPLESMENTE MÁGICO...

Look up, what do you see? All of you and all of me Fluorescent and starry Some of them, they surprise The bus ride, I went to write this, 4:00 a.m. This letter Fields of poppies, little pearls All the boys and all the girls sweet-toothed Each and every one a little scary I said your name I wore it like a badge of teenage film stars Hash bars, cherry mash and tinfoil tiaras Dreaming of Maria Callas Whoever she is This fame thing, I don't get it I wrap my hand in plastic to try to look through it Maybelline eyes and girl-as-boy movesI can take you far This star thing, I don't get it I'll take you over, thereI'll take you over, there Aluminum, tastes like fear Adrenaline, it pulls us nearI'll take you overIt tastes like fear, there I'll take you over Will you live to 83? Will you ever welcome me? Will you show me something that nobody else has seen? Smoke it, drink Here comes the flood Anything to thin the blood These corrosives do their magic slowly and sweet Phone, eat it, drink Just another chink Cuts and dents, they catch the light Aluminum, the weakest link I don't want to disappoint youI'm not here to anoint you I would lick your feet But is that the sickest move? I wear my own crown and sadness and sorrow And who'd have thought tomorrow could be so strange? My loss, and here we go again I'll take you over, there I'll take you over, there Aluminum, tastes like fear Adrenaline, it pulls us near I'll take you overIt tastes like fear, there I'll take you over Look up, what do you see? All of you and all of me Fluorescent and starry Some of them, they surpriseI can't look it in the eyes Seconal, Spanish fly, absinthe, kerosene Cherry-flavored neck and collar I can smell the sorrow on your breath The sweat, the victory and sorrow The smell of fear, I got it I'll take you over, there I'll take you over, there Aluminum, tastes like fear Adrenaline, it pulls us near I'll take you overIt tastes like fear, there I'll take you over Pulls us near Tastes like fear. Nearer, nearer Over, over, over, over Yeah, look over I'll take you there, oh, yeah I'll take you there Oh, overI'll take you there Over, let me I'll take you there..There, there, baby, yeah

Michael Stipe (E-Bow the letter, in New adventures in HiFi, 1996)

quinta-feira, 19 de julho de 2007

UNIÃO IBÉRICA

Em jeito de adenda ao meu post , cá está esta tomada de posição por parte do nosso único "Nobel" ainda vivo...
SARAMAGO, TOU CONTIGO!!!!!!!!!

terça-feira, 17 de julho de 2007

OBRIGATÓRIO VER !!


Aluguei este filme (Shangai Dreaming) e só posso dizer que fiquei sem palavras...
Um testemunho da China, em meados da década de 80.
Um confronto de gerações, ambições e novas visões que se entrelaçam na esperança de um país novo, que tende a manter hábitos antigos...Cinema do melhor!!!!

sábado, 14 de julho de 2007

AS SETE MARAVILHAS DAS AGÊNCIAS TURÍSTICAS

Estive agora a assistir, enquanto almoçava, à transmissão em diferido (claro está, na TVI) daquele espectáculo maravilhoso, de nos fazer chegar a mais íngreme e profunda lágrima ao canto do olho, que Portugal pôde assistir no passado dia 7 do mês 7 do 7º ano do actual milénio (podiam esperar pelo 7º milénio para que a capicua fosse mais emocionante…): a ELEIÇÃO DAS 7 MARAVILHAS DO MUNDO MODERNO.

Obviamente, apesar de não ter assistido em directo, sempre imaginei o teor e o glamour que, de alguma forma, iriam caracterizar este espectáculo que nos deixou tão orgulhosos.
Afinal, não é todos os dias que a nossa MARAVILHA de país é anfitriã da eleição destas MARAVILHAS que povoam o planeta.

Não faltou nada: desde meninas muito bonitas e muito bem produzidas, à maravilhosa artista (actriz, cantora e bailarina) Jennifer Lopez até à Dulce Pontes e, claro está, à nossa MARAVILHA do momento: o Cristiano Ronaldo que, pelo que vi, deve ter andado a ter explicações de Castelhano para poder dizer “Chichen Itza” (uma das MARAVILHAS eleitas).



Soube também, de antemão, que esta eleição não iria ter o reconhecimento por parte da UNESCO.
E agora é que são elas…O QUE É A UNESCO?

“Bem, já ouvi falar”…diz o comum dos mortais…”Deve ser alguém muito importante…”

A United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization, desde a fundação das Nações Unidas, após a II Guerra Mundial, um organismo que tutela e contribui para desenvolvimento da paz segurança no mundo mediante a educação, a cultura, a ciência e as comunicações, reconhecido por todas as nações que assinaram a Carta das Nações Unidas.
Trocando por miúdos, a UNESCO responsabiliza-se pela atribuição e reconhecimento do valor universal que determinada obra, monumento ou acção têm na preservação e expansão de um mundo melhor.

Por isso, a pergunta que eu vos faço é esta: não tendo o apoio e validade deste organismo, qual terá sido, então a validade destas eleições?
Ora bem, a New Open World Foundation (uma organização nova…) lá arranjou maneira de aliar os interesses de países na promoção dos seus circuitos turísticos, proporcionando uma inflação nas taxas para viagens turísticas às mesmas.
Com o selo da garantia de “one of the 7 wonders of the world”, os agentes turísticos podem, desta forma, dizer às pessoas:

“Minha senhora, o preço de uma viagem ao Peru para ver as piramídes de Machu Pichu aumentou pois agora a senhora poderá, com o seu marido e restante família e amigos, desfrutar de uma estadia numa dessas maravilhas!! Não acha maravilhoso??”

E a senhora responde:

“Olha vistes, António? Vamos poder entrar numa das maravilhas!!! Claro que isso tem de ser pago!!!”

E o agente da loja diz assim, confirmando o seu discurso convincente:

“Obviamente, este aumento das tarifas tem como destino a preservação dos ditos monumentos!!”

Ora bem, meus amigos da Kulturkampf, os gregos, quando elaboraram, há mais de dois mil anos, um inventário de sete obras que eles consideraram de grande valor e impacto artístico-patrimonial, apenas deram seguimento ao espírito contemplativo e filosófico que sempre caracterizou uma das civilizações que mais contribuíram para a Europa e Mundo.

A própria UNESCO considera que os monumentos devem contribuir, realmente, para um âmbito de educação, paz e progresso humano.
Não quero desvalorizar o valor das obras eleitas e nomeadas…
Apenas lanço-vos este desafio: quantos dos milhões e milhões de chineses não olharão para a Grande Muralha da China como um testemunho das passadas ditaduras e imperialismos? As pirâmides de Machu Pichu, feitas para a adoração do Sol e para sacrifícios humanos? Progresso e Paz? Que critérios científicos e históricos estão ali patentes?
Exigem que estas maravilhas entrem nos livros de História para quê? Para mobilizar o espírito das pessoas, servindo interesses ambíguos?

Portanto já sabem, se forem comprar uma passagem ou visita ao Rio de Janeiro não se admirem de um eventual aumento nas Taxas...
Tudo em Prol da Educação, Cultura Ciência e Paz!!! CLARO ESTÁ!!!

PORTUGAL FOI A CARA DO MUNDO E O CU DA EUROPA...POR ISSO É QUE O MUNDO TEM CARA DE CU!!

Realmente, Portugal acaba de bater mais um record do Guiness: não, não é a descida por gravidade mais longa do mundo que, recentemente, foi inaugurada em Vila Real.
Não é um record, muito menos novidade, pois essa queda por gravidade, em que esta terrinha no cu da Europa se encontra desde sempre, já não tem volta a dar.
A queda é irreversível e aqui nem o nosso panteão recheado de santinhos populares manjeriqueiros nos poderão eventualmente ajudar!!!!
Nem sei como é que ninguém ainda encontrou o fundo ...

Mas o record que se procura agora conseguir inscrever, mais uma vez, o nome de Portugal no Guiness foi ontem conseguido com o célebre roubo do cartão vermelho do árbitro, durante o Portugal - Chile em sub 20, pelo grandioso e que tão juz faz a esse nome que tem: Zéquinha.
Conseguimos estabelecer o record de selecção mais barraqueira e incivilizada do mundo: basta lembrarmo-nos do João Pinto na Coreia, da escandaleira que foi no Euro 2000, o que se passou o ano passado na Alemanha contra a Holanda e outros e tantos casos que, não só a nível de selecções, mas também de clubes, contribuem para que, em pouco tempo, a única coisa em que este país realmente consegue estar à frente dos outros todos (sim porque o Cristiano Ronaldo é o orgulho deste meu povinho) seja passado...e aí já nem estaremos no cu mas sim bem enterrados na latrina do mundo inteiro.
Realmente, Júlio César ( há 2000 anos) tinha razão quando disse que na Lusitânia existe um povo que, por ser tão bárbaro, não quer nem se deixa civilizar...


segunda-feira, 9 de julho de 2007

MY GENERATION

Na senda da minha pesquisa por velhos (mas sempre actualíssimos) clássicos do rock, comprei a edição especial do primeiro disco dos The Who "My Generation".
Este disco remonta a 1965 e, como é óbvio, muitos filhos bastardos nasceram a partir de então.

Posso dizer que é um grande disco, um clássico...mais um de carácter fundamental em qualquer boa discografia.

Destaque para o ritmo alucinante desse grande baterista que foi (e sempre será) Keith Moon, acompanhado pelo grandioso baixista John Entwhistle, e para o electrizante (e actualmente polémico por razões mais lamentáveis) guitarrista Pete Townshed.
Por outro lado, apesar do bom trabalho neste disco, continuo a não gramar o Roger Daltrey como cantor e frontman...mas o disco é excelente!!!

domingo, 8 de julho de 2007

DESEJOSO POR VER



É outro tempo que se respira e vive neste filme. “O Grande Silêncio” estreou entre nós, a 8 de Fevereiro, depois de lá fora acumular prémios da crítica e reconhecimento do público. Mas não se pense que o realizador Philipe Gröning facilita: quase três horas de silêncios e murmúrios, uma banda sonora que se preenche com os gestos do quotidiano: lavar a louça, cortar lenha, tratar da horta, rapar o cabelo, talhar novos hábitos para os monges, tocar o sino. É assim a proposta deste cineasta alemão que, depois de esperar 16 anos para ali poder filmar, viveu seis meses entre a comunidade de monges da Cartuxa, do Mosteiro de La Grande Chartreuse, nos Alpes franceses, próximo de Grenoble, tida como a mais rigorosa das ordens monásticas católicas.

Viver em silêncio, rezar em silêncio, trabalhar em silêncio, falar em silêncio. Pequenos gestos. “Eis o silêncio: deixar que o Senhor pronuncie em nós uma palavra igual a Ele.” Gröning faz do cinema um convento, o olhar do espectador torna-se contemplação, como o monge que reza em silêncio, na sua cela solitária ou na floresta. A repetição, o ritmo, todos os gestos se dizem no tempo destes monges, que vivem noutro tempo, noutro ritmo, nos tempos de hoje. E o filme contempla este tempo, as estações a sucederem-se, os dias e as noites, as orações e os trabalhos.

Para filmar assim, os monges de Le Grande Chartreuse impuseram apenas quatro condições: as filmagens decorrerem sem luz artificial, sem música adicional, nem comentários. E a equipa reduzida ao próprio Gröning. Assim é: não há música, a não ser os cantos gregorianos que os frades cartuxos cantam; quando a noite cai, as orações ditas na escuridão iluminam-se com ténues velas; e quase não há palavras – apenas se escuta o rito de iniciação de dois noviços, uma leitura que acompanha a refeição comum aos domingos e dias santos (únicos dias em que se permite o passeio e conversas entre os irmãos) e, no fim, um frade cego que explica o sentido da sua vida, da vida da comunidade. “Quanto mais perto de Deus, mais feliz se é”, diz-nos. Ao fim de três horas, somos tentados a perscrutar estes silêncios, este tempo: “Vós me seduzistes, Senhor, e eu deixei-me seduzir.”
Mas a este ascetismo, traduzido num filme também ele asceta, o mundo espreita para lá dos muros – grupos de jovens que brincam nas redondezas, um carro que ilumina a noite. “Quem não renuncia a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo.” O sino repica. Solidão e silêncio.

Retirado de
Cinerama

Estou desejoso para poder ver isto em dvd (se for permitido, claro está).
Desde os meus tempos de estudante, a questão do cenobitismo sempre me fascinou: a entrega e devoção total a questões espirituais. Já um dos meus filmes/livro de eleição (O Nome da Rosa) faz, principalmente o livro, um retrato rigoroso da vida monástica.

Alguém sabe se vai ser possível a sua edição em DVD?

Aqui podemos ver uma
reportagem do Expresso feita no Convento da Cartuxa, em Évora (a mesma ordem filmada pelo realizador alemão). VALE A PENA!!!

sábado, 7 de julho de 2007

HOMENAGEM AOS CURE!!!

Há concertos que, ao olharmos para trás, nunca esqueceremos. Não por termos estado presentes mas sim pelo contrário: por não termos podido assistir.
O caso que tem mais a ver comigo, e pelo qual ainda hoje sinto profunda tristeza ter só na altura 13 anos, foi o concerto dos The Cure no Estádio de Alvalade em Junho de 1989.

Pois é, há 18 anos a banda do carismático Robert Smith visitava , pela primeira vez, Portugal.
Nessa altura, a sombria banda estava a atingir o auge da sua carreira, muito devido ao lançamento de um disco que eu considero como uma das grandes obras-primas da música pop contemporânea: "Disintegration". Este disco tocou tantas vezes no meu gira-discos que hoje já se encontra gasto mas guardo-o com muito carinho, apesar de, mais tarde, ter comprado a versão em CD (com duas faixas extras). "Disintegration" foi considerado, na altura do seu lançamento, como uma obra de arte que é obrigatório conhecer. Sombrio, denso, negro e introspectivo, o álbum dos The Cure, em 1989, fazia um flashback a "Pornography" de 1982. As letras de Robert Smith são de uma magnitude ímpar, pela sua arte de descrever paisagens do interior mais profundo da alma e os ambientes criados pelos instrumentos são de uma leveza e atmosfera ímpares. É sem dúvida um disco que me fez gostar de música e tornar-me (ainda hoje) um fã desta banda (apesar de já estarem a atravessar a fase decadente da carreira).
Fica aqui o mítico clip de Lullaby (não aconselhável a quem tem aracnofobia) e, talvez, a música que melhor descreve este disco (que deve ser ouvido como um todo mas, na minha opinião, a versão em LP é mais bem conseguida)... Quanto a mim, resta-me esperar pela invenção de uma máquina do tempo que me leve de volta a esse dia e a esse local... ;)


sexta-feira, 6 de julho de 2007

PLANETA TERRA: A SALVAÇÃO COMEÇA AQUI EM CASA


Amanhã no Atlântico realiza-se o Live Earth, um concerto que tem como objectivo fundamental a sensibilização global para os problemas ambientais.

Desde há muito que me preocupo bastante com esta questão: trata-se da sobrevivência do planeta, da qualidade de vida e manutenção de uma Natureza equilibrada.
A evolução tecnológica durante o século XX muitas vezes ignorou, num futuro mais ou menos imediato, estes problemas.
A questão do possível (iminente) esgotamento das energias fósseis, até cerca de 1973, eram consideradas fontes inesgotáveis e passíveis de um aproveitamento sistemático.

Imaginam o mundo hoje sem o petróleo?
Pois é. O mundo pararia.
Tudo estagnava e entraríamos numa crise sem precedentes.

Mas até então o homem menosprezou sempre esta questão da energia fóssil não renovável.
O futuro adivinha-se negro se não tomarmos imediatamente uma atitude.
Todos tentam limpar a água do capote ou então passar a batata quente para o do lado mas digo-vos que cada um de nós, para além do dever, têm a possibilidade de começar já a contribuir para inverter o sentido das coisas que, por muito que nos custe uma possível adaptação, está a caminhar para um caos preocupante.
Eu, já desde há algum tempo, comecei a fazer a dita reciclagem: não custa nada separar papéis de plástico e o plástico do lixo bio-degradável (sendo bio-degradável, os detritos consomem-se, por si, na Natureza).
Reparem que cada saco de compras ou embalagem de papel ou plástico tem uma origem numa fonte que, se não nos sensibilizarmos, poderá esgotar.
Se não tiverem os devidos depósitos para reciclagem na vossa rua, liguem para os serviços municipalizados da área da vossa residência; ponham no elevador do vosso prédio um abaixo-assinado a exigir contentores para reciclagem perto da vossa casa.
Na reunião do condomínio, acordem a reciclagem por todos os condóminos.

Não acelerem com o carro: quem me conhece sabe que eu guio calmamente, sem grandes acelerações. Para além da questão da segurança, o combustível é poupado e menos gases sobem à atmosfera. Custa-me muito ver carros, com o selo da inspecção periódica obrigatória, a deitarem mais fumo que uma chaminé nos tempos da Revolução Industrial.
Poupem a água: não fiquem a dormir no banho nem a deixar a água a aquecer na banheira…

São estes aspectos que eu já desde há algum tempo tento obedecer a uma rotina sistemática pois realmente estou preocupado com estas questões!!! E acho que a mudança deve começar em cada um de nós!!!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

AFINAL DE CONTAS NÃO AGUENTEI...

Pois é, em adenda ao post abaixo publicado, venho desta forma dizer-vos que ontem passei o dia todo a "cortar os pulsos" por não ir ver os Arcade Fire!!!
Após pressões de amigos e namorada, lá me decidi (e em boa hora) a ir até ao festival debaixo da Ponte Vasco da Gama para assistir ao concerto dos canadianos.
Por isso, todo este discurso do anterior post deixa de fazer sentido...
E em boa hora me decidi: não pelo festival em si pois, nisso, a minha opinião continua a ser a mesma (e mais), ou seja mais agravada...

Mas temendo a banda não vir cá num futuro próximo, lá fui eu: desfile interminável de bandas em que a informação retida é zero (0); malta que vai para lá só e apenas para se divertir , comer e beber...etc...até que, à meia-noite e um quarto começam a soar os primeiros acordes de Black Mirror, do último disco Neon Bible.
Durante uma hora e um quarto, os Arcade Fire tentaram, escolhendo um set list mais festivaleiro (temas de ritmo mais acelerado), corresponder à expectativa criada em seu redor. E conseguiram-no.
A música sai dos poros destes canadianos com uma naturalidade como há muito não se via...firmeza, humildade e acima de tudo destaco uma certa ingenuidade no som tão característico destes 5...6...7...8 9 (!!!) elementos (homens e mulheres) em cima do palco...

Mas soube a pouco...queria mais, apesar de sair de lá convencido (ainda mais) que esta banda é diferente de todas as outras...mas eu cada vez mais odeio o festival de verão...Quero ver um espectáculo destes senhores num Coliseu, num Atlântico, num bar...sei lá...num bordel....whatever...
Só para eles em que possam tocar não só os temas que fazem saltar a malta mas também aqueles temas mais calmos, introspectivos que tanta magia souberam (e sabem criar)...VOLTEM RAPIDAMENTE!!!!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

AMANHÃ,AMANHÃ... :(

Com muita pena minha não vou poder ir ver estes senhores.
Para além de não gostar de festivais de Verão (muito menos em Lisboa), o bilhete e tudo o resto (comida, bebida, etc) é caro.
Já no Kulturkampf prestei a minha homenagem a uma das bandas mais interessantes e talentosas dos últimos anos e, ao lerem o que foi escrito, ficarão de certeza surpreendidos por eu não ir assistir.
Mas é assim: outras prioridades e (ainda esta semana avanço mais detalhes) algumas mudanças que poderão ocorrer...
Quem for, que se divirta e aprecie pois eles deverão ser fantásticos...

AQUELE FILME DE DOMINGO

Posso dizer que fiquei perplexo...em choque...tremendamente angustiado com o filme que ontem fui alugar para ver naquela tarde de Domingo típica (mas que sabe tão bem).
Depois de tanta publicidade e furor em redor deste filme, lá as minhas expectativas me levaram a alugar um filme que dá pelo nome de Eragon.
Aproveitando o sucesso da obra-prima "O Senhor dos Anéis", parece que Hollywood (arrependido que deve estar de não ter, logo de início, apostado na ideia considerada "megalómana" de Peter Jackson) virou grande parte das atenções para os filmes em redor dos mundos da fantasia, povoados por anões, monstros, elfos e senhores malignos que, de forma repressiva, ameaçam a paz e a liberdade dos demais povos até que uma inocente vivalma lá descobre que é o escolhido para fazer frente a tudo o resto...etc e tal (!!!)
Ora bem, isto é como fazer um bolo: o preceito é sempre o mesmo.
A farinha, os ovos e claras em castelo, a forma untada, o açúcar e o fermento e muda-se apenas o o formato e o sabor (se é chocolate ou laranja)...
E lá aluguei eu este filme que , tenho que dizer isto, eu desejava que me entretesse de forma agradável durante algum tempo.

Mas parece que não me lembrei do "Dungeons and Dragons" (sim, consegui bater o record de menos tempo dispendido a ver um filme que não acontecia desde "Força em alerta" de Steven Seagal)...

Para além da história que eu acima descrevi ( e que, sinceramente, não seria preciso ver Eragon para ter a ideia do rol de clichés apresentados), o filme torna-se amorfo, chato e, apesar da intenção em criar um mundo da fantasia, não nos conseguimos envolver no filme, adivinhando todo o rol de acontecimentos já desde o primeiro minuto...ou melhor desde que começa o anúncio de "Pirataria é Crime"...
Para além de um dragão, que mais parece o Dyno, the last Dinossaur, vamos encontrar no filme (tristemente) Jeremy Irons e John Malcovitch. E para surpresa das surpresas: Joss Stone (sim a Aretha Franklin branca) a fazer o papel (!!!!) daquela feiticeira boazinha que (já estão mesmo a ver, né?) o herói tem (quase como pararmos na portagem da auto-estrada) de consultar, sob pena da princesa (que deve ser lindíssima e estar cativa na fortaleza do mauzão da fita, vigiada pelo seu exército de criaturas feiosas e submissas- não, os Orcs de Jackson são muito mais assustadores!!!) morrer e assim o Chosen One já não cumprirá a sua missão e o mundo ficará envolto nas trevas...!!!!

Bem, quando já nada fazia prever mais surpresas, eis que a cereja no topo do bolo aparece: o filme lá acaba com a vitória dos bonzinhos sob os mauzões, mas lançando já pistas para uma sequela (não, o herói da fita não come a princesa nem ficam os dois lindíssimos a ir embora, montados no dragão ao pôr do sol) quando a música do genérico final atira-me, de vez, ao tapete: Avril Lavigne!!!!!!!!!!
Epá...eu sei que o filme é para míudos e jovens de tenríssima idade mas...mais vale ABRIR MESMO ALAS PARA O NODDY!!!!!