quarta-feira, 24 de agosto de 2011

sledgehammer - 25 anos depois


Ontem ouvi esta música no carro. Apercebi-me que o álbum constava na minha estante. Recordei a sua grandeza.
Ao chegar a casa, peguei no cd e reparei que faz este ano 25 anos que foi lançado.
Talvez o grande impulso que possibilitou que Sledgehammer se tornasse um hit universal foi o seu teledisco.
Lembro-me, em 1986, do espanto que causou o clip, tendo inclusivé sido estreado em Portugal em pleno telejornal da RTP. E nesta altura o telejornal durava apenas cerca de meia-hora...
Obviamente que hoje em dia rimo-nos desta produção, que mais se assemelha a imberbes trabalhos de photoshop para iniciados ou a trabalhos de corte e colagem que eram realizados nas aulas de trabalhos manuais da minha infância. 
Mas, na altura, este foi um clip revolucionário. Ombreou com "Thriller"(surgido em 1983), embora numa diferente linha estética menos cinematográfica; com maior animação.
O video, realizado por Stephen R. Johnson, venceu no ano seguinte sete (7) prémios da MTV, palmarés único que ainda detém nos dias de hoje, sendo também o video que mais vezes foi exibido pelo canal de música americano. Nem o clássico video de Jackson, realizado por John Landis, se conseguiu tais façanhas! 

Sledgehammer possibilitou a abertura de um novo campo em termos de simbiose música/imagem.
Recordo-o aqui. 

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

só neste país...

Como canta o Sérgio Godinho... só neste país!
A recente onda de pseudo-patriotismo bacoco e exacerbado, consequente das constantes descidas no rating de Portugal pela agência de notação Moody's, levou-me a um estado de incredulidade absurda!
Parece que o Sebastianismo e as Santinhas do Scolari continuam a dominar o nosso triste fado.
Os portugueses voltam a assumir-se como coitadinhos e Kalimeros desprezados por este mundo (e o outro), quando os mesmos portugueses são os grandes responsáveis pelo facto de, neste momento, o país não ter qualquer crédito no exterior, sendo apelidado como lixo pelas mesmas agências.
É um país onde ninguém se entende, onde as grandes (e necessárias) reformas tardam, não passando de buraquinhos tapados com cuspo, onde a justiça não existe (e não funciona), onde a corrupção (que todos criticam e reprovam) começa nas filas do metro quando alguém consegue, à revelia, passar à frente dos demais e extende-se a exames na Escola Superior de Estudos Judiciários onde "futuros magistrados", que deveriam representar o bastião da ética e da legalidade, são apanhados a copiar...
O "fadinho da desgraçadinha" de Portugal faz-me lembrar o aluno que nunca estudou, nem nunca se esforçou. 
Portava-se mal nas aulas, não participava, não trabalhava em casa. Zero. Vai a exame. Tem má nota e reprova. Sente-se frustrado e indignado. Questiona o professor. Atribui as culpas ao professor e torna-se o professor "persona non grata ad eternum".
O boato correrá e será o professor, não tarda, o culpado pela reprovação do mesmo aluno.

 Esta parábola é uma boa forma de tentar entender o que passará pela cabeça deste povinho. As agências de rating apenas avaliam. Se os seus critérios são duvidosos, isso já será outra conversa!
Mas como estamos no Verão, o que interessa é que neste país o "festival" continua, ...esgotado por malta "que anda à Rasca"...