
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
sean connery

terça-feira, 24 de agosto de 2010
crise? que crise?
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
da guerra
Para trás, os americanos deixam mais de 4000 soldados mortos e um número muitíssimo superior de iraquianos (na sua grande maioria civis) mortos, feridos e completamente destroçados por aquilo a que George W. Bush apelidou de Cruzada contra o Eixo Mal.
Acima de tudo interrogo-me : como será visto este conflito pela História? Qual o balanço que dele será feito?
Após a política isolacionista que marcou o primeiro século de História Americana, em 1917 os EUA, na altura sob administração de Woodrow Wilson, decidem intervir na Europa auxiliando a vitória inglesa e francesa na 1ª GM. Wilson foi talvez o primeiro presidente a inaugurar a política que hoje define este expansionismo americano. Os seus famosos 14 pontos, que culminariam na fundação da Sociedade das Nações (instituição transnacional fundada no rescaldo da 1ª Grande Guerra), viriam a propor uma nova forma de entendimento entre os diversos povos de forma a evitar futuros conflitos. Abriu-se todo um precedente geopolítico que viria a marcar todo o século XX , continuando pelo século XXI adentro.
A Pax Americana define-se, tal como no tempo do Império Romano em expansão pela barbárie, como um proselitismo ecuménico de valores americanos: a democracia, os direitos humanos e um mundo americanizado e unificado sob todos os seus princípios. Económicos até.
Assim foi após 1945, durante a obsessão compulsiva anti-soviética, assim o é desde o 11 de Setembro.
Apesar de todas as teorias da conspiração que atribuem ao lobbie das indústrias de armamento ou petrolíferas o desencadear destes conflitos, de forma a estimular a produção obtendo lucros, o Iraque será sem dúvida mais um trauma para os cidadãos americanos, assim como será o Afeganistão. Não tanto como o Vietname (pois terá sido a primeira vez que o mundo assistiu a uma guerra não-convencional) mas traumático quanto baste.
O Estado Maior das Forças Americanas fala de vitória: derrubou-se um ditador!
No Iraque e pelo mundo fora, ouve-se dizer que o derrube de Sadam Hussein trouxe ao de cima "cem Sadams". Para além do estado de sítio, destruição, medo e todo um rol dramático que envolve a antiga Pérsia.
Continuo a afirmar que é muito difícil instituir regimes democráticos pró-ocidentais em países tradicionalmente assentes em regimes principescos e autoritários e isso confirma-se com as recentes eleições que pouco ou nada trouxeram à pacificação do território. Obama tinha feito desta retirada uma das suas bandeiras eleitorais. Contra a opinião de parte do Estado Maior das Forças Armadas Americanas, e de alguma opinião pública, os americanos deixam o Iraque. Mas que Iraque será este daqui para a frente?
Que outros Iraques vIrão?
terça-feira, 17 de agosto de 2010
a revelação do valor de X
Tendo já ouvido algo no "oráculo" da Radar, uma banda para mim só ganha sentido ouvindo-a por completo em casa, na minha aparelhagem e com todos os sentidos apurados. E assim foi. Já alguns amigos me ftinham falado da sua qualidade mas, sinceramente, superou as minhas expectativas. A incógnita revelou-se...
Integrados na nova música indie britânica, este quarteto (agora em trio devido ao abandono do teclista Baria Qureshi) envereda por texturas sónicas melancólicas, quase minimais. As guitarras soam de uma forma pura e cristalina, sem efeitos ou sujidade, dissolvendo-se em ambientes etéreos onde as duas vozes do grupo, feminina e masculina (Romy Madley Croft e Oliver Sim, respectivamente) corporizam e humanizam todo este ambientalismo.
Os The XX estão entre uns Velvet Underground e, talvez, uns Cocteau Twins da nova era!
Bom álbum. Fica aqui "Heart Skipped a beat".
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
pela costa azul...
Parece um discurso demasiado kafkiano mas precisava mesmo de parar: queria lá saber de museus, monumentos, gastronomias, check-ins aeroportuários... etc.
Peguei na família e no carro. Arrumámos as malas e descobri um paraíso (por tuta e meia) bem ao lado de Lisboa.
A zona da Arrábida/Tróia e Comporta fascinaram-me quando, imagine-se, assistia ao programa "Verão Total", apresentado pelo João Baião, na RTP 1(verdadeiro serviço público de qualidade). Longe do Algarve (que por esta altura do ano mais se assemelha a Lisboa num dia normal às 9 da manhã), mergulhei nas deslumbrantes praias que se encostam à Serra da Arrábida. Montei acampamento num hotel low cost em Setúbal e, dali, tinha a Arrábida, Tróia e o litoral alentejano à distância de um glimpse.



Todas estas fotos mostram a beleza natural das praias no sopé da Serra da Arrábida! E o peixinho junto ao cais em Setúbal ou um fresco vinho de Azeitão, acompanhado ao fim da tarde pelas célebres tortas da zona? Tudo isto sob vigilância do magnífico castelo de Palmela que é visível até a vista se perder , enquanto cruzamos o Sado no ferry para Tróia para nos lançarmos na areia da belíssima praia da Comporta. No regresso, paragem em Alcácer do Sal para admirarmos, de um outro prisma, as belezas naturais desta região sadina!
PONTOS NEGATIVOS: O Povão que, por estas alturas, invade as praias, sujando-as, desrespeitando aqueles que mostram alguma educação e respeito pelos outros e pelo meio ambiente. Desde sacos, papéis, plásticos, restos de comida e garrafas de todo o género, recordo aqui aquela máxima que tanto gosto de citar: "Preocupamo-nos em deixar um planeta melhor para os nossos filhos? Devemos, acima de tudo, deixar melhores filhos para o nosso planeta!"
Só para citar um exemplo tétrico: em plena praia de Galápos, um sólido intestinal de proporções colossais flutuava em rota de colisão enquanto mergulhava, inocentemente, nas cristalinas águas da Costa Azul.
Tenho por vezes vergonha da espécie à qual pertenço!
PONTO DE REFLEXÃO: depois de tudo isto, olho, por exemplo, para as praias da Costa da Caparica e comparo-as com a Comporta e Arrábida...
A pergunta que faço é esta: De quem é a responsabilidade disto? (A foto mostra as arribas fósseis na Praia da Fonte da Telha, ou não...)

domingo, 1 de agosto de 2010
vampiros em fins-de-semana solarengos
Toda a gente aqui sabe que, em matéria musical, este que vos escreve é bastante saudosista e nostálgico, chegando mesmo ao cepticismo em matéria de bandas da nova era.
Poucas foram as bandas que, nos últimos 5-7 anos, me motivaram alguma curiosidade.
Falo agora de um álbum que me chegou às mãos: "Volta" dos brooklynianos Vampire Weekend. Se o primeiro disco apresentava já agradáveis surpresas, apontando mesmo novos rumos à pop, este novo "Volta" vem confirmar que não é esta mais uma daquelas esperanças que se despenham ao segundo álbum, perdendo-se em repetições e fórmulas já exploradas no passado por si ou por outros.
"Volta" é um disco de bom espírito. Animado e fresco. Claras fusões do Pop nova-iorquino dos 70's e 80's , que nos relembra por vezes a loucura colorida e saudável de uns Talking Heads, com laivos marcantes de música étnica africana, asiática, sul-americana e mesmo algum tribalismo à mistura. Musicalmente interessante, todo o disco é um deleite em termos de sonoridades e ambiências.
Gostei. Foi daqueles que valeu a pena comprar. Afinal de contas, toda a gente falava deles e eu pouco conhecia pela Radar FM ou Ant3na...
Boa proposta para o Verão!
Fica aqui "Cousins"