domingo, 1 de agosto de 2010

vampiros em fins-de-semana solarengos

Não sendo especial adepto aficionado de música good vibe, alegre e solarenga, para dançar de alpercata no pé e rastas no cabelo, com umas roupinhas que mais parecem confeccionadas num país do hemisfério sul, há que dizê-lo (e assumi-lo) que, por vezes, aparecem-nos boas surpresas.
Toda a gente aqui sabe que, em matéria musical, este que vos escreve é bastante saudosista e nostálgico, chegando mesmo ao cepticismo em matéria de bandas da nova era.
Poucas foram as bandas que, nos últimos 5-7 anos, me motivaram alguma curiosidade.
Falo agora de um álbum que me chegou às mãos: "Volta" dos brooklynianos Vampire Weekend. Se o primeiro disco apresentava já agradáveis surpresas, apontando mesmo novos rumos à pop, este novo "Volta" vem confirmar que não é esta mais uma daquelas esperanças que se despenham ao segundo álbum, perdendo-se em repetições e fórmulas já exploradas no passado por si ou por outros.

"Volta" é um disco de bom espírito. Animado e fresco. Claras fusões do Pop nova-iorquino dos 70's e 80's , que nos relembra por vezes a loucura colorida e saudável de uns Talking Heads, com laivos marcantes de música étnica africana, asiática, sul-americana e mesmo algum tribalismo à mistura. Musicalmente interessante, todo o disco é um deleite em termos de sonoridades e ambiências.

Gostei. Foi daqueles que valeu a pena comprar. Afinal de contas, toda a gente falava deles e eu pouco conhecia pela Radar FM ou Ant3na...

Boa proposta para o Verão!
Fica aqui "Cousins"



2 comentários:

Vitor disse...

Ainda não compreendi/assimilei os Vampire Weekend. Apesar de ser um apreciador do trabalho dos Talking Heads (mais do que isso, mas sem chegar a fã incondicional) e perceber a tua referência (e concordar com ela), os VW soam sempre "curtos". E gostei mais do primeiro álbum... este desisti bem cedinho.

JPD disse...

Não amei o disco! Achei fresquinho e bastante equilibrado. Gostei da variedade de sons e influências. As letras tb me agradaram.
Longe de dizer que é uma grande cena! O primeiro disco? A ver se o ouço com a mesma atenção.