O APITO ESTORRICADO

Vou hoje reflectir sobre a coisa mais importante neste país: futebol.
Ora bem, analisando a fundo, este artigo não vai incidir sobre o futebol em si: o jogo jogado, jogadores e treinadores…a festa que a todos faz vibrar.

Não.
Venho aqui tecer algumas linhas sobre um assunto que continua (ad eternum) a alimentar os media e a opinião pública; um “Apito Dourado” que de tão Dourado já estorricou…ninguém ainda ouviu esse apito mas toda a gente fala dele…talvez seja um daqueles apitos utilizados pelos caçadores que só os cães ouvem…
Os cães…sem desprimor para o “melhor amigo do homem”…mas estes cães que funcionam ao som do apito estorricado são cães raivosos, que se babam, que ladram e agridem o próximo e, segundo a legislação portuguesa que regulariza a Veterinária, esses animais, uma vez diagnosticada a Raiva, deveriam ser abatidos.

Realmente, desde que vejo futebol, a figura de Jorge Nuno Pinto da Costa (JNPC) gerou sempre enorme polémica; paixões e ódios fundamentadas por (infelizes) gritos de guerra secessionistas, fazendo lembrar autênticas purgas ideológicas e de manipulação de consciências propícias ao deflagrar de uma guerra fria entre o Norte e o Sul portugueses.
JNPC foi e é, ao longo destes últimos 25 anos, a cara do futebol português…para o bem e para o mal.
O FCP tornou-se um clube poderoso, vencedor (prova-se pelo palmarés alcançado no mesmo período de tempo) e símbolo de uma região…solúvel de se estender a nível nacional e temido internacionalmente…
Durante este período, JNPC ganhou tudo o que era permitido ganhar…o vício e o hábito da vitória tingiram de fibra ganhadora este homem, gerando nos clubes do Sul (utilizando taxionomia própria) um dos 7 pecados capitais: a inveja…
A imagem do FCP é a imagem de JNPC: goste-se ou não, este homem mereceu uma canonização, meritória do cognome “O Papa”…figura e denominador comum nestas cruzadas ideológicas que, desde há 25 anos, se fazem notar no desporto-rei português.
Pinto da Costa tornou-se no alvo a abater: é primordial, para os clubes da capital, a sua eliminação e exoneração do patamar mais alto do futebol.
De igual forma, desde miúdo que ouço falar dos métodos, “pouco ortodoxos”, utilizados pelo Papa…e ele lá vai ganhando (não só no futebol mas também nas mais variadas modalidades)…
Actualmente, o fenómeno do Apito Dourado está a atingir proporções tais que já roça a mera falta de educação, tanto daqueles que são acusados, como daqueles que acusam…
Olhemos para Luis Filipe Vieira (LFV): ganhou (pelo menos ele assim o pensa) o título de Nobre Condestável da Nação Benfiquista…entrando primeiro como director da SAD encarnada (durante o mandato de Manuel Vilarinho) e, após inaugurar o novo estádio em plena campanha eleitoral, chega a presidente iniciando de imediato uma cruzada anti-FCP/Pinto da Costa…
Este senhor (que toda a gente sabe que pertencia ao florete mais chegado das amizades do presidente do FCP) tem tentado a vitória pela propaganda/informação/contra-informação.
Qual a diferença entre este senhor e o senhor Pinto da Costa?

LFV é um homem que não ganha…que tenta tapar o sol com a peneira aproveitando-se da ignorância da maior parte dos benfiquistas para lançar reptos e chavões (que ele pensa que são) de grande inteligência, de forma a manipular a opinião pública contra JNPC…Mas como diz a sabedoria popular: “os cães ladram e a caravana passa”…
Este conflito entre LFV (e pelo meio as Carolinas Arrependidas e demais aparatos ficcionais) e JNPC está a atingir proporções de ordinarice e falta de elegância que, mesmo sem querendo, vai tornar cada vez mais o futebol como uma guerra: um jogo entre o Benfica e o Porto é cada vez mais uma batalha sangrenta, fomentada por líderes que, fazendo lembrar o fascismo, apelam à superioridade de uma raça perante a outra e ao seu consequente extermínio.
Para finalizar: estes dois senhores devem ser banidos da gestão desportiva. Não quero saber quem tem ou não tem a razão pois para mim será mais uma montanha a parir um rato…só sei que estes senhores já cheiram mal…o apito já estorricou de tão dourado que ficou…
O país agradece …