quarta-feira, 27 de outubro de 2010

terça-feira, 19 de outubro de 2010

há vida para além da europa? (1ª parte)

1ª Parte O Fim da História ou o início da Felicidade?

Desde o século XIX que muitos são aqueles que decretaram a iminência do "Fim da História".
O primeiro pensador a sustentar esta teoria sociológica foi Georg Friedrich Hegel ao apontar que a sociedade capitalista, assente na doutrina do Liberalismo Político e Social, tinha atingido uma fase de plenitude e equilíbrio.
Este optimismo marcou, sem dúvida, todo o século XIX até à 1ª Guerra Mundial.


Mais tarde, já no século XX, e após os tormentos que moveram todo esta centúria, a Queda do Muro de Berlim, em 1989, foi vista como a consecução daquilo que Hegel já tinha anteriormente apontado: a existência de uma só superpotência no mundo conduziria a Humanidade para o tão desejado equilíbrio e estabilidade.

Nos anos 90, o economista político americano de origem japonesa Francis Fukuyama, ao analisar a História desde Platão até Nietzche, defendia que o Mundo Capitalista acabaria por ser determinante na edificação de tão polémica teoria: derrotado o Fascismo, afastada a ameaça comunista, a Humanidade atingiria, então, o corolário da sua nobre existência.
Esta questão tem-me inundado a mente nestes últimos tempos: teremos atingido então o Fim da História? O mundo é hoje um mundo que não tem comparação com qualquer outra época?
Após tantas mudanças, avanços e retrocessos poderemos afirmar que a forma como hoje nós vivemos nunca poderá fazer-nos aspirar a melhorar?

Fukuyama, assim como Hegel (embora em período distinto) defendeu o Capitalismo como o melhor sistema capaz de trazer substanciais melhorias ao progresso humano.
Hoje vivemos em abundância e poucas são as vezes em que olhamos para trás de forma a dar graças pelo que temos: nascemos e vivemos melhor, temos mais e vivemos ainda mais do que há relativamente pouco tempo.

A questão material passou pela cabeça de Fukuyama: a sociedade actual nivela-se pelas posses que aufere determinando essa abundância.
A abundância material é, aos olhos de Fukuyama, motivo de felicidade (não fosse
ele um neoconservadorista assumido).

Portugal
, ao aderir à CEE em 1985, pensava também ter atingido o "Fim da História". Após o processo complicado de transição para uma via democrática moderada, assente numa estratégia revisionista da sua ligação com as ex-colónias, o nosso país via na adesão à Europa o corolário de oito longos séculos de nacionalidade.

Imagem: O vôo de Ícaro

(CONTINUA)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

da ética no futebol

Não gosto de falar sobre futebol.
Gosto muito de futebol mas não perco muito tempo com ele.
Ao contrário do que se costuma afirmar, assumo-me como uma pessoa que considera o futebol como um fenómeno anti-social.
Apesar de parecer absurda esta minha ideia, acho que o ser-humano desperta todos os seus males e defeitos quando a conversa entra nos meandros do futebol.
Em vez de se fazer daquilo uma forma de exorcizar maus espíritos, o ser-humano transforma-se ele num hediondo espírito, roçando o ridículo e a falta de racionalidade.

Em alguns posts acerca do tema futebol, publicados anteriormente, referi o facto de, em Portugal, se dar demasiada importância ao mundo da bola.
Neste país, falar de futebol não significa falar do jogo em si mas discutir polémicas, ajuizar este, aquele e aqueloutro, como se cada um de nós fosse o pleno exemplo da virtus, da ética e da moral!

Considero que a rivalidade é positiva mas de uma forma saudável. O que em Portugal (e noutros países) não se assiste.
3 jornais desportivos diários
e mais não sei quantos outros, que têm igualmente um suplemento desportivo ,têm de ter mercado. Mais canais televisivos e radiofónicos que, para satisfazer as audiências, colocam o futebol em destaque absoluto!

Em Inglaterra, não encontramos imprensa escrita desportiva...

Tem de haver mercado para tanto futebol. Mas tem obviamente de haver notícias que justifiquem o poder que o futebol tem na nossa tão cultivada sociedade...
E por isso, as notícias têm de ser como as cerejas...


Serve este post para destacar a postura do treinador André Villas-Boas, do FC Porto.
Há umas semanas atrás, no rescaldo do encontro Guimarães-Porto, o jovem treinador dos dragões queixava-se de um lance polémico que poderia ter dado a vitória à sua equipa. Segundo Villas-Boas, o árbitro teria ajuizado mal a jogada.

Mais tarde, um painel de especialistas em arbitragem declarou, de forma unânime, o correcto juízo do árbitro Carlos Xistra.

Obviamente que o escândalo sucede quando Villas-Boas vem a público admitir o seu erro e dar razão ao árbitro. O país desportivo (às vezes custa-me encarar o futebol profissional como um desporto...) chocou-se com tão peregrina atitude de Villas-Boas!

O presidente do Benfica, Luis Filipe Vieira, no seu tom moralista e dono de uma inteligência de pneu, criticou Villas-Boas chamando-o de "idiota". Este senhor, que se assume como o paladino da verdade e moralidade desportiva, personaliza um discurso de baixo nível, passível de causar ainda piores consequências na rivalidade entre o Porto e o Benfica, que se repercutem muito para além do futebol.

Hoje, em conferência de imprensa, o treinador portista demonstrou uma clareza rara no futebol português: para além da nobre atitude de reconhecer o seu erro, Villas-Boas, quando confrontado com as calúnias de LFV e as ameaças feitas pelo presidente do Benfica de não comparecer no Dragão em caso de ataques à comitiva encarnada, respondeu de forma brilhante e inteligente: quem será mais idiota? Quem reconhece que errou ou quem está constantemente a ameaçar a não-participação numa determinada prova ou não-comparência num determinado jogo? Quem será menos inteligente? Quem reconhece, e não são poucos os que o fazem, ou quem apela à não comparência dos adeptos nos estádios?

Villas-Boas será campeão nacional este ano. E será de uma forma justa e merecida.
O FCP merece ganhar o campeonato pois tem demonstrado ser a melhor equipa.
Se os árbitros o beneficiam? E aos outros não fazem o mesmo? Quando muitos não acreditavam, vejam agora o rigor deste jovem. Por vezes, ser experiente não significa ter sucesso. Mas o que me traz aqui é a vontade de honrar a postura positiva de Villas-Boas. Demonstrou que, se quisermos, podemo-nos engrandecer de forma nobre sem perder a tal racionalidade e humanismo. Como ele disse, poucos teriam a ombridade de o fazer. Recordo Ársene Wenger (treinador do Arsenal) que, há uns anos atrás, pediu para que fosse repetido um jogo que havia ganho. Mas, após tanta suspeição e polémica em redor do desafio, pediu à Liga Inglesa para que o jogo fosse repetido para limpar todas as dúvidas.
E ganhou...

E Villas-Boas também já ganhou.

sábado, 9 de outubro de 2010

lennon


O que seria a música hoje em dia se este senhor fosse ainda vivo?
Muitas vezes interrogo-me...


quarta-feira, 6 de outubro de 2010

battlestar galactica

Lembram-se desta série?


Pois é!

Quem foi menino e moço nos anos 80 sabe bem o que a série Galactica (exibida aos Domingos à tarde em 1983-84) representava, principalmente para os rapazes! Vinte e tal anos depois, esta série volta a ter novo significado para mim. Para trás ficam as memórias e aventuras de heróis abnegados (como Apolo e Starbuck, pilotos da Frota Colonial, comandada pelo Almirante Adama) que lutam pela sobrevivência face à constante ameaça do Império Cylon. Todos os episódios eram autênticas avalanches de lutas no espaço, lasers e aventuras tremendas que nos fascinavam e nos faziam sonhar quando na escola brincávamos! Há bem pouco tempo, fiquei a saber que a série Galactica tinha sido alvo de um remake televisivo!
Em alguns blogs de amigos, li o quão viciante se havia tornado esta série (numa versão século XXI) para eles. Os elogios ao argumento, aos actores e a todo o enredo despertaram em mim uma certa curiosidade.
Por outro lado, achava que Galactica era uma série já datada e feita para miúdos pequenos. Revê-la poderia significar uma forte decepção, todos estes anos depois, dado o facto de já estar ultrapassada!


Nunca imaginaria, de todo, o que me esperava... Battlestar Galactica (assim rebaptizada esta nova versão) baseia-se no enredo original de 1978. Os seus personagens fundamentais estão lá todos: Apolo, Adama, Baltar, os Cylons...etc. Embora sendo uma série (na versão original de finais dos anos 70) com um target muito juvenil, esta aposta do mesmo produtor Glen E. Larson em refazer as aventuras da velha nave de guerra viria a transportar Battlestar Galactica para uma maior profundidade que ultrapassaria a simples série de guerrinhas entre naves e robots malignos! Battlestar Galactica foi além da mera ficção científica de contornos simplistas: a série, embora partindo da original trama, evoca toda uma série de dramas humanos, contradicções, traumas e conflitos psicológicos que nos prendem religiosamente ao ecrã ! Tudo isto a par de enorme emoção, aventura e sucessivas e surpreendentes jogadas de mestria ao nível do argumento. Por outro lado, esta série reflecte acerca de uma série de contradições no mundo actual. Jogadas de metáforas em que se misturam assuntos tabu como é o caso do destino da Humanidade, a sobrevivência e o papel válido (ou não) da Religião na sua fronteira com o Mito, o questionamento da existência de um só Deus, a validade da vida humana e da justiça do Homem... a validade moral do terrorismo... os valores da Política e Cidadania... Ética, moral e filosofia...

Ao contrário da versão original, onde era possível vislumbrar facilmente os os bonzinhos e os maus da fita, a actual versão de Battlestar Galactica coloca-nos em constante reflexão acerca dos valores que nos norteiam: quem são realmente os "maus" ou os "bons"... a luta complexa do ser humano dentro de si e no meio em que se insere...
Para além disto, a série mostra algumas diferenças substanciais em relação à original: Starbuck é uma mulher (que actriz, meu Deus!!) e os Cylons apresentam "substanciais e espantosas mudanças"... só para citar algumas dessas diferenças...

Vi as 3 primeiras séries e a série piloto...sei que existe uma 4ª série e alguns spin offs... Aguardo pacientemente por vê-la pois viciei-me por completo! Cá em casa viciámo-nos em Battlestar Galactica!

Aconselho vivamente! Televisão ao mais alto nível!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

comemorar a república?

À hora que escrevo este post faltam ainda cerca de 3 horas para que este dia 5 de Outubro termine.
Até à meia-noite aguardo com palpintante expectativa uma verdadeira comemoração do feito histórico que hoje se comemora de forma engalanada por todo este país: espero por um verdadeiro acto revolucionário que traga, no seu seio, uma nova esperança para Portugal.
Bem...
Acho que as minhas expectativas sairão goradas...
A ver...

O sistema republicano está falido desde a sua génese. Não desaprovo a filosofia republicana e os ideais que congrega.
Nada disso!
Por mais demagógica que pareça, a ideologia republicana sintetizou todas as correntes progressistas de transformação da sociedade que, desde meados do século XVIII, se insurgiam contra as arbitrariedades de um sistema político fundamentado numa nivelação da sociedade que, segundo a matriz católica, Deus concebera como equilibrada e justa.
Durante muito tempo as sociedades ocidentais se organizaram desta maneira: à maneira dos antigos reis visigóticos, o elo de uma tribo era garantido pela figura do patriarca filho-homem do defunto patriarca. A sociedade, concebida por Deus, era organizada entre aqueles que tratavam da salvação da alma, os que tratavam da defesa e do combate e os que a sustentavam. Era a chamada sociedade estratificada de Ordens Sociais!
Esta era a tríade que, no tempo dos iluministas, era criticada.
A República defende a causa pública. Procura nivelar as assimetrias sociais. Dar voz a quem não a tem. Construir uma maior justiça, deitando por terra os dogmas, superstições e moralidades que, desde a formação do mundo ocidental, dominavam naturalmente as sociedades. O rei era o paladino da autoridade de Deus na Terra que apenas devia ao papa as justificações.
As revoluções dos séculos XVIII e XIX materializaram aquilo que o Iluminismo teorizou: a Luz triunfante da Racionalidade sob a Treva moribunda do dogma!
Falou-se de uma nova forma de organizar a sociedade: estabeleceu-se a contratualidade do vínculo político que deverá, acima de tudo, trabalhar para o interesse da maioria.
Revisitaram-se os clássicos da Antiguidade Grega e Romana: a democracia e a representação senatorial como bandeira intransponível da vontade popular.
O povo aprendia o significado de iguladade, liberdade e fraternidade. Palavras tão fortes que sopraram pelo mundo inteiro, deitando por terra todas as "Bastilhas" que por aí circundavam.
Em Portugal, a ideia da Liberdade Política só no século XIX fora testada.
Os ecos dos vendavais que sopravam de França, aliados à própria conjuntura política portuguesa de inícios do século XIX, funcionaram de forma a instigar em Portugal (abandonado pelo Rei à sorte dos Exércitos Napoleónicos e aos compadrios ingleses) na esperança de mudar.

Nessa época ninguém em Portugal falava na República.
Pelas mentes brilhantes dessas épocas, vários pensadores, homens da Ciência e artistas sonhavam com a utopia da fraternidade universal. O século XIX trouxe a ideia de lutar por essa causa entregando, se necessário fosse, a própria vida.
Era a época da liberdade!
A palavra é de uma potência enorme:de que liberdade se falaria então?

Os republicanos, nascidos das convulsões intelectuais dos séculos XVIII e XIX, fizeram sua esta palavra.
Acredita-se que, durante a Revolução de 1820 (a primeira experiância liberal em Portugal que culminaria com a formulação da primeira constituição), muitos eram os deputados das Cortes Extraordinárias Constituintes do Reino que defendiam o fim da Monarquia. Este radicalismo vintista duraria muito pouco.
Com a contra-revolução de D.Miguel, a guerra civil e a outorga da Carta Constitucional de D.Pedro (que defenderia um consenso entre os liberais e os conservadores na vida política portuguesa, reabilitando a figura do Rei como moderador institucional, travando o radicalismo de 1820-22), a Monarquia Absoluta daria lugar à Monarquia Constitucional. O poder era repartido e separado. O rei deixava de ser o detentor arbitrário dos três poderes fundamentais (legislativo, executivo e judicial) e passava a estar comprometido com a Lei Fundamental (N.R Carta Constitucional).
Só com a crise económica e financeira de finais do século XIX e o agravamento das condições de vida das massas populares é que podemos falar de um Partido de ideias republicanas em Portugal.
O Republicanismo em Portugal beneficiou, para além dos factores atrás mencionados, da desonra do papel que Portugal teria na diplomacia externa: a crise do Ultimatum Inglês foi aproveitada por estes para caluniar a figura da Monarquia. Afonso Costa (um dos cabecilhas do Directório Republicano que, em finais do século XIX, se fundou em Portugal) assume críticas constantes à Monarquia como principal responsável por toda a situação a que o país chegou.

A República foi proclamada há 100 anos.
100 anos depois, o que é que mudou?
Vale a pena comemorar a República?

Liberdade e República passaram a ser palavras gémeas. O positivismo e a frieza do racionalismo oitocentista impuseram-se ao dogmatismo, à tradição, ao conservadorismo. Os primeiros republicanos decretaram, ao separar o Estado da Igreja, a necessidade de renegar o "antigo". O "antigo" e a "tardição" foram vistas como entraves ao progresso social.
100 anos depois, o quadro conjuntural em Portugal oferece claras linhas comparativas e simétricas: crise financeira, economia falida, dependência de capitais externos, desilusão, desigualdade e crise social.
Já não temos os ingleses a dizerem "ou fazem assim, ou então..." mas temos os senhores das agências financeiras, do FMI e do bunker de Bruxelas a proclamarem, diariamente, "ultimatos" a Portugal. Não temos o Rei D.Carlos a comprar iates mas temos outros a comprarem submarinos e BMW's topo de gama, dando um real exemplo de como se deve ser austero.
O rotativismo político, que se observava em finais do século XIX/inícios do XX entre os progressistas e os regeneradores, foi substituído por uma outra espécie de rotatividade político-partidária (que, no fundo, é exactamente a mesma coisa): os socialistas e os sociais-democratas.

Logo após o triunfo republicano, a República caía por terra. A unidade ideológica do Partido Republicano dá lugar a divergências entre as mais elevadas patentes.
Perseguem-se padres e proibem-se os toques dos sinos nas igrejas. A lei da greve só vem agravar a frágil coesão nacional.
45 governos e oito presidentes da República.
A economia não cresce. Antes pelo contrário...
A participação portuguesa na 1ª Guerra Mundial só viria a acentuar as dificuldades. Atentados, guerras civis entre os monárquicos e republicanos, guerras civis entre os próprios republicanos...
A República merece ser comemorada?
Fala-se da República como alvorada dos ideais da liberdade, do progresso, da justiça social: em matéria de instrução pública, foi durante a Monarquia Constitucional que se lançaram os grandes passos com vista à edificação da Escola Pública: a aposta do Setembrismo de Passos Manuel numa instrução ao nível do ensino primário, politécnico e profissional de forma a preparar a população para os grandes desafios socioeconómicos.
Liberdade? Foi com o ministério de Sá da Bandeira que a escravatura foi abolida em definitivo. Em pleno reinado de D.Maria II!
Progresso social?
Foi a partir da Regeneração que se institui um programa que dava atenção à educação das crianças, defendendo o papel da mãe na sociedade. A "Cartilha Maternal", de João de Deus, é ainda hoje leitura obrigatória nas escolas de Educação!
A participação portuguesa na Grande Guerra vinha de encontro à postura colonialista republicana: defesa dos nossos interesses coloniais em África. Foi só o Estado Novo o período áureo do colonialismo?
Não pretendo fazer aqui uma elegia à Monarquia nem deitar abaixo a República.
Nestes 100 anos, várias foram as revoltas, as mudanças, as permanências...etc!
No essencial pouco mudou.
Hoje Portugal encara exactamente os mesmos problemas que há 100 anos enfrentava.
Apenas, hoje em dia esses problemas inflacionam-se diariamente.
Estes ditos republicanos esqueceram os seus ideais e bandeiras de guerra: Portugal está à beira do colapso e, de uma maneira tão tipicamente portuguesa, aguardamos por um "Messias" que, sozinho, marque os golos que nos faltam (e que são muitos...).
A Monarquia continua hoje a existir: olhe-se para a nossa vizinha. Olhemos para a Escandinávia, Holanda, etc...
Terá sido a mudança de regime aquilo que nos faltava? A Monarquia ligava-nos como país. Dava-nos uma certa coesão e identidade.
É melhor estar calado pois, nos tempos que correm, estas palavras continuam a ter uma carga pejorativa enorme: uma pessoa não deve ter memória pois isso é tradicionalismo e o tradicionalismo condiciona o progresso.

Bom isto já vai longo...
Parece que afinal de contas não houve qualquer revolução...o país dos brandos costumes está no mesmo marasmo de sempre...
Deixo-vos aqui este SENHOR: merece ser escutado com bastante atenção!