sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

tvi 24

Surgida em 1993 como o Canal Televisivo do Clero português, a TVI é, hoje em dia, um exemplo de sucesso nos media nacionais. Obviamente, o sucesso aqui poderá confundir-se com o nível de aceitação por parte de determinado target/público alvo. A Televisão Independente alcança este estado de graça transformando-se, exponencialmente, num autêntico Diário de Maria televisivo: a sua abordagem das notícias vistas sempre de forma a favorecer os coitadinhos do costume, aliando as tendências e gostos do nosso patusco povão, habituado à superficialidade real, fazem as audiências subir. Para além da aposta (ganha) numa grelha televisiva estruturada em redor da ficção telenoveira nacional, a TVI caracteriza-se pelas notícias de choque; daquelas que ninguém gosta de ouvir, que causam indignação mas que, ao mesmo tempo, transformam em objecto de culto determinado assunto/facto.

Estreia agora o canal TVI 24. Assisti à sua abertura ontem. Sinto medo...muito medo!!!!

domingo, 22 de fevereiro de 2009

cromo da bola


Como saudável adepto de futebol, avesso e contrário a clubites agudas doentias que nada favorecem o bom senso, venho aqui hoje prestar homenagem a um verdadeiro artista dos relvados: Liedson.

Venham-me com os Ronaldos e os não sei quantos e todas as estrelas que por aí brilham e reluzem entre cifrões infindáveis. Mas este brasileiro que alinha no Sporting é, sem dúvida alguma, um recital de espectáculo de cor, emoção e mestria na forma como marca e (acima de tudo) procura marcar. Onde outros não se mexem e desistem de procurar, o avançado do Sporting é criativo, brilhante e sabe polir uma jogada concluindo-a de forma sublime.

Ontem, mais uma vez, Liedson mostrou ao mundo do futebol o verdadeiro sinónimo de "cromo da bola": duas batatas ao Benfica (não descurando o golaço de Derlei) cheias de intenção e fantasia (isto é o meu Gabriel Alves Mode, como influência em tertúlias futebolescas).

Com todo o respeito que o Sporting me merece, não sei como é que este Senhor ainda não alinha num campeonato mais ao seu nível. Os sportinguistas esfregam as mãos e dizem "ainda bem".

Parabéns Liedson pelo teu (verdadeiro) futebol!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

o homem da conspiração...


Hoje fui ajudar um colega meu (não muito vocacionado na área das novas tecnologias) a instalar a Internet no Magalhães que o seu filho recebeu, por apenas 50€, na escola.
Ao configurar todo o sistema, deparei-me com uma interessante curiosidade: ao aceder ao ambiente de trabalho do pequeno computador, reparei na imagem de fundo do mesmo ambiente de trabalho e concluí que: para além da menção presente ao projecto de regime "E-Escolinha no Portugal do Choque Tecnológico" , a sorridente menina (na imagem acima) levanta o braço direito em jeito de saudação, apresentando um lindo vestidinho com padrões em forma de flores de tons rosa! E isto para além da menção ao passado glorioso da Nação (Magalhães, em cada criança um descobridor).
Curioso, não? 

sábado, 14 de fevereiro de 2009

como é possível?

Não há volta a dar!
Face a todos os dejectos que diariamente nos são dados a cheirar através da comunicação social, cada vez acredito mais veemente na necessidade de acabar com este sistema (dito) democrático que se implantou há cerca de 35 anos.
Não me canso de repetir que os portugueses pecam em demasia na sua total inércia e falta de sentido de comunidade, preferindo insurgir-se por manobras polvilhadas de egoísmo e laxismo desmesurado.
Mas com estes exemplos que vêm de cima, de que maneira poderemos nós pedir maior devoção de cidadania a um povo completamente mal influenciado?

Há pouco tempo o Clube dos Pensadores debatia a necessidade de refundar a República! Concordo apesar de desconhecer as actas finais ou em aberto resultantes desse (penso eu) plenário intelectual. A questão política deve urgentemente largar a esfera intelectual para se tornar causa prática e verdadeiramente pública fazendo de algum modo sentido ao significado coisa pública (res publica).
Como é possível a passividade e letargia com que o país se envolve face a um primeiro-ministro envolvido em escândalos e manobras de interesses?
Como é possível um PS simplesmente passear à sombra de uma maioria absoluta sem que nada ou ninguém se apronte a desafiá-lo de forma realmente construtiva? Um PSD vazio, num limbo...em branco...sem rumo nem estima que apenas pretende insurgir-se como Neptuno de forma a minar e agitar as águas. Mas o barco socialista é demasiado blindado e cruza facilmente o mar!
Como é possível as sucessivas vergonhas made in S.Bento? Para além de demagogia feita à maneira, o centro representativo da soberania da Nação aproxima-se de um autêntico antro circense de palhaços, malabaristas e fanfarrões.
Como é possível que a única oposição a Sócrates seja um membro histórico do PS, preso a discursos inflamados da velha escola da Frente Popular Socialista e a folhas de poesia caídas?
A Democracia constrói-se no dia-a-dia mas, mais dia, menos dia, essa mesma democracia terá que cair por si. Não desejo ditaduras nem autoritarismos. Desejo uma postura realista, um debate realmente acessível a todos: definir o rumo do país de forma coesa. O não dizer mal por apenas dizer. A ideia de uma Junta Governativa em que os melhores cérebros para cada uma das áreas se envolvam, longe de cores partidárias e interesses obscuros, numa verdadeira Nova Regeneração do país!


terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

sumário

Vida e Morte.
Dialéctica que, desde o início dos tempos, norteou a própria evolução das sociedades.
Por vezes, a cultura de uma sociedade descobre-se pela sua perspectiva em relação à morte: em algumas dessas sociedades, a morte é o fim que desvenda um princípio para o que é a eternidade; para outras culturas, a morte será um prémio, um zenite da própria vida. Nas sociedades mais laicizadas, a morte é a morte em si. Tal qual a morte de uma árvore, de um animal ou o esgotamento de um rio, a morte de uma pessoa é meramente um aspecto fundamental da própria lógica biológica que a vida tem. No século XIX, definiu-se alma. Não com um comprometido sentido religioso mas sim em defesa da individualidade do Homem...após a utopia das Luzes em que o ser-humano era, alegoricamente, posto ao mesmo nível do seu par, qualquer fosse o género, crença ou cor.
Durante a Segunda Guerra Mundial, relatos houve de soldados americanos assustados ao repararem que os japoneses não tinham medo da morte. Que a morte era um acto de honra...que a vida era por eles desprezada...
O desprezo pela vida.
Debate-se hoje acerca da recente paragem propositada das máquinas que, durante 17 anos, permitiram à rapariga italiana estar "viva".
Sem querer entrar em debates filosóficos acerca do que significa "a vida", penso que as sociedades ocidentais, que se logram pelos avanços culturais e sociais conseguidos, deviam repensar o verdadeiro sentido da vida.
Não me posiciono nem me quero enquadrar acerca da questão da "Eutanásia": apenas defendo uma revisão desapaixonada acerca do que significa "viver". Mais que um simples verbo no tempo presente, pergunto se "viver" é aquilo que esta rapariga e tantas outras pessoas "fazem" neste momento?
Será questão política ou meramente ética? Será condicionamento da liberdade pessoal a intervenção do Estado nessa legítima decisão...de alguém que sofre ou de alguém que vê alguêm querido a sofrer. Complicada questão. Os médicos debatem-se acerca da sua ética profissional, que defende a preservação da vida até à última instância.
Pela lógica, alguém que, irremediavelmente, sofre (ou nem sofre, apenas respira) deveria poder ter escolha quanto ao seu destino. Quem sofrerá mais para além de quem ali se encontra preso por um fio à vida?
Penso que o chavão "Enquanto há vida , há esperança" necessita de ser urgentemente revisto. Será isto viver?
Estou a ver o jogo Portugal-Finlândia. Ao que parece não conta para nada. Apenas treino e ganhar estofo. Com o despedimento de Scollari do Chelsea, já começam os suspiros acerca do regresso do treinador brasileiro à selecção.
As regras da sensatez dizem que "Nunca voltes ao lugar onde já foste feliz". Pois bem, apesar de não ser a sua primeira vez como seleccionador, penso que Carlos Queirós tem todas as condições para ser feliz ao serviço da selecção. Confio no seu carácter como homem e profissional. Apenas precisa de ter tempo. Até agora só teve azar!
Em relação ao caso Freeport Gate: estamos perante mais uma montanha que mais um rato irá parir. Após Camarate, Fátima Felgueiras, apitos de todas as cores e Casas-Pias e banqueiros-fantasmas, a Justiça portuguesa abre aqui mais um novo segredo de Fátima!