sábado, 14 de fevereiro de 2009

como é possível?

Não há volta a dar!
Face a todos os dejectos que diariamente nos são dados a cheirar através da comunicação social, cada vez acredito mais veemente na necessidade de acabar com este sistema (dito) democrático que se implantou há cerca de 35 anos.
Não me canso de repetir que os portugueses pecam em demasia na sua total inércia e falta de sentido de comunidade, preferindo insurgir-se por manobras polvilhadas de egoísmo e laxismo desmesurado.
Mas com estes exemplos que vêm de cima, de que maneira poderemos nós pedir maior devoção de cidadania a um povo completamente mal influenciado?

Há pouco tempo o Clube dos Pensadores debatia a necessidade de refundar a República! Concordo apesar de desconhecer as actas finais ou em aberto resultantes desse (penso eu) plenário intelectual. A questão política deve urgentemente largar a esfera intelectual para se tornar causa prática e verdadeiramente pública fazendo de algum modo sentido ao significado coisa pública (res publica).
Como é possível a passividade e letargia com que o país se envolve face a um primeiro-ministro envolvido em escândalos e manobras de interesses?
Como é possível um PS simplesmente passear à sombra de uma maioria absoluta sem que nada ou ninguém se apronte a desafiá-lo de forma realmente construtiva? Um PSD vazio, num limbo...em branco...sem rumo nem estima que apenas pretende insurgir-se como Neptuno de forma a minar e agitar as águas. Mas o barco socialista é demasiado blindado e cruza facilmente o mar!
Como é possível as sucessivas vergonhas made in S.Bento? Para além de demagogia feita à maneira, o centro representativo da soberania da Nação aproxima-se de um autêntico antro circense de palhaços, malabaristas e fanfarrões.
Como é possível que a única oposição a Sócrates seja um membro histórico do PS, preso a discursos inflamados da velha escola da Frente Popular Socialista e a folhas de poesia caídas?
A Democracia constrói-se no dia-a-dia mas, mais dia, menos dia, essa mesma democracia terá que cair por si. Não desejo ditaduras nem autoritarismos. Desejo uma postura realista, um debate realmente acessível a todos: definir o rumo do país de forma coesa. O não dizer mal por apenas dizer. A ideia de uma Junta Governativa em que os melhores cérebros para cada uma das áreas se envolvam, longe de cores partidárias e interesses obscuros, numa verdadeira Nova Regeneração do país!


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