sexta-feira, 13 de junho de 2008

euforia ou eurofobia?

É com enorme felicidade que recebo a notícia do inquestionável “NÃO” dado pelos irlandeses ao Tratado de Lisboa.
Em matéria europeia, não me assumo como eurocéptico, mas também não me vejo numa eu(ro)foria que, muitas vezes, é difundida pelos programas televisivos e noticiários.
Não acredito que a ideia da Europa Unida seja posta de lado!
O Tratado de Lisboa (sobre o qual já me referi aqui no blog) e o seu aparente estado moribundo, após tamanho golpe letal, são apenas falsas questões.
Apenas considero que a Europa da Fraternidade e do Progresso tarda em aparecer e em se mostrar, de forma efectiva, aos cidadãos dos diversos países.
Crise económica e social, problemas de integração e muitas questões e dúvidas acerca dos benefícios de uma abertura de fronteiras e cedência dos poderes nacionais.
A Europa Unida atravessa uma fase que se poderá transformar em decisiva oportunidade para mostrar, de uma vez por todas, benefícios salutares ao mais incógnito e irrelevante cidadão europeu: as pessoas não querem saber de instituições e matéria jurídica. As pessoas apenas querem estabilidade económica e social; uma vida digna e isso (por mera coincidência ou não), desde a Moeda Única, parece cada vez mais uma utopia. Com a Crise do Petróleo, com as inflações e subidas constantes do valor do Euro (traduzindo-se num agravamento das micro-finanças dos pequenos e insignificantes cidadãos), a Europa tem aqui a oportunidade de demonstrar se realmente, actuando de forma unida, pode ou não corresponder às necessidades destes mesmos cidadãos.
De outra forma, a Europa Unida não tem mais razão de existir.

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