quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

CHHH....CHHH....CHHH....CHHHH...CHHHANGES!!!!

Realmente os (poucos, assim penso) leitores deste blog devem já estar fartos de lerem os meus comentários acerca do estado do país.
Apesar de tudo, a nossa cena política nacional suscita-me enorme interesse. Confesso que sou daqueles pouquinhos que preferem um debate parlamentar a um jogo de futebol pela televisão.
Ok, chamem-me masoquista ou o que quiserem mas confesso esta minha tara. Não é fetiche nem passatempo! É na verdade preocupação e consciência!
Num dia marcado pela remodelação do actual executivo governamental, várias questões inundaram a minha consciência.
O que interessa aqui averiguar, lançando já pistas para o futuro, não é propriamente quem irá suceder a Correia de Campos e Isabel Pires de Lima, nas pastas da Saúde e da Cultura, respectivamente, mas sim se haverá, ou não, uma mudança no eixo condutor deste governo em que, para o qual, eu votei em 2005!
Os media tentaram averiguar realmente, tentando retirar do debate quinzenal realizado hoje em S.Bento, alguma verdade escondida chegando apenas à conclusão que a nova ministra da Saúde (e há que referir que é sempre positivo que S. Bento deixe o seu predominante carácter de androceu crónico) está comprometida com um caso de justiça.
Curiosa e estranha esta idoneidade para exercer cargos que, em primeira instância, deveriam mostrar e dar o exemplo aos súbditos da Nação.
Mas não.
A meu ver, e acho que pouca gente discordará ou pensará o contrário, Sócrates, fiel à sua doutrina de “esquerda duvidosa”, continuará o que tem estabelecido: uma manipulação ofusca de compromissos assumidos com o eleitorado sob pretexto do rumo certo para um país melhor…
Defendendo as suas “tropas”, mesmo sob o espectro de sucessivas derrotas no campo de batalha e constantes bloqueios e guerrilhas, Sócrates demonstra um espírito paternalista e, sem dúvida, não remete a batata quente para o lado ou para trás. Muito pelo contrário, Sócrates deixa a batata fritar ou assar nas mãos de quem a descascou e, por manobras palacianas, lá vai fazendo o seu jogo de líder intocável, resolvendo dissidências e frustrações no seu bunker isolado.
Correia de Campos não é um político completo: não é, nem será. A sua visão e a sua política nunca chegou ao entendimento do eleitorado por mera falta de retórica ou dom de comunicar para as massas. Admitiu que nunca usufruiu de um sofismo pré-socrático que, por meros doces colocados na boca de quem protesta com azedume, lhe garantisse um pouco mais de popularidade.

É necessário a mudança!
Mas a mudança não é um partido suceder, historicamente, a outro: a mudança tem de vir de quem confiou e conferiu o poder legítimo para governar. Se o PS for derrotado não vejo na actual oposição uma alternativa credível. A Democracia portuguesa está a tornar-se vazia, inócua e, tristemente, já poucos se importam, preferindo, à boa maneira nacional, dizer “Eles que se entendam, desde que não me chateiem”.
Meus amigos, existe um trunfo que, se a maioria do eleitorado o fizesse, talvez as coisas começassem a mudar: o voto em branco!!! Votar em branco tem tanta validade como votar num partido ou candidato!!! Era muito bom que, nas próximas eleições legislativas, o voto em branco ganhasse uma maioria, mesmo relativa, sob os partidos.
Seria o melhor cartão amarelo dado a estes senhores que, há 30 anos, nos prometeram mundos e fundos e parece que estamos a voltar aos papagaios da 1ª República. A todos os que lerem este blog, tentem passar a mensagem: VOTO EM BRANCO!!! NÃO SE ABSTENHAM DE IR VOTAR!!!! Vamos realmente mostrar a estes senhores que já não fazem sentido e que já esgotaram o discurso!!!!

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