Ontem comprei um verdadeiro clássico de culto da ficção científica: o filme "Flash Gordon" de 1980, realizado por Mike Hodges e produzido pelo grandioso produtor italiano Dino de Laurentiis.
Esta versão cinematográfica do herói da BD criado nos anos 30 por Alex Raymond foi, na altura em que estreou nas salas de cinema, alvo de inúmeras críticas menos simpáticas dado o seu casting duvidoso (com Sam J. Jones, no papel do futebolista americano Flash Gordon, a belíssima Ornella Muti e ainda Timothy Dalton, na altura longe de imaginar que um dia vestiria a pele do 007) e argumento considerado insuficiente.
O curioso é que esta versão 80's de Flash Gordon surgiu como uma dor de cotovelo face ao sucesso, três anos antes, de Star Wars: George Lucas, dizem as más línguas, quis levar Flash Gordon para o ecrã mas esbarrou contra a intransigência dos senhores que detinham os direitos da obra. Terá sido essa a razão pela qual Lucas terá, então, investido na criação de todo o universo Star Wars... e parece que não foi uma má aposta!
Sem o impacto de outros do género, esta obra não deixa de ter a sua importância para os fãs de sci-fi e aventura: é mesmo considerado uma obra de culto, com bastante acção e humor e, para não variar, boquinhas indirectas que só se compreendem à luz da época em que Flash Gordon foi para as salas de cinema.
Sem a magnificência dos efeitos visuais de George Lucas, Flash Gordon atrai-me pela inocência ao nível dos mesmos efeitos visuais...pelos tais clichés que toda a gente espera mas que toda a gente gosta. Flash Gordon é puro entretenimento...muito kitsch mas, ao mesmo tempo, que ganha por si o valor para se tornar obra fundamental do género.
Talvez terá sido a banda sonora do filme o que mais marcou este filme: os Queen (que não aprecio muito) responsabilizaram-se por toda a trilha sonora que acompanha do início ao fim todas as aventuras de Flash!
Deixo aqui uma das melhores cenas do filme:
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