Um ano depois, eis o primeiro post do ano seguinte. Venho tarde pois já deviam estar À ESPERA do meu comentário sobre o concerto dos Cure no passado dia 8.
Eu fui, claro está, e nunca senti aquilo que senti em qualquer outro espectáculo que eu tenha assistido…parecia mesmo que era eu que iria actuar naquele dia para um Pavilhão Atlântico esgotado há meses.
Sou fã da banda de Robert Smith há já muitos anos, desde a meninice mesmo, sendo esta uma das responsáveis pela minha formação musical e gosto estético. Já aqui há uns tempos coloquei um post açucarado de nostalgia melosa acerca daquele concerto que eu nunca pude ver…
Mas, durante a década de 90, afastei-me dos Cure.
Principalmente após o álbum Wish de 92. Sim o disco que contém aquele tema que (sinceramente) me irrita um pouco mas que, atendendo ao infindável imaginário de Robert Smith, o respeito. Estou a falar de Friday I’m in love. Isto apesar de ser talvez para mim o último disco verdadeiramente que transparece uma atmosfera Cure.
Desde esse disco, a banda desintegrou-se (até me causa arrepios esta palavra…) e Robert Smith, que goza da fama e do merecido proveito de autoritarismo no seio da banda, sempre afirmou que, para ele, pouco se importava quem estaria na banda desde que nunca se pusesse em causa a sua ideia e estética.
Smith, por outro lado, nunca escondeu que a formação que o acompanhou entre 1987 e 1991/92 era a melhor formação de sempre dos Cure.
Desde 92, quase a fechar um ciclo de cerca de 7 anos em que os Cure passaram a banda de estatuto mundial, embora mantendo a mandrola de culto, quase mais nenhum disco da banda me suscitou interesse.
Sei que muitos consideram Bloodflowers (2000), de certa forma,como um regresso aos Cure de Pornography (1982) e de Disintegration (1989). Mas, pese embora o esforço, penso que, por melhor que as intenções sejam, é quase impossível fechar a trilogia de forma segura: são duas pérolas, jóias ou gemas requintadas que são impossíveis de equiparar.Bloodflowers não é uma obra prima (apesar de uma nomeação para os Grammy na categoria de “Melhor Álbum de Música Alternativa”).
E este desinteresse tomou conta de mim.
Realmente pensei que os Cure se tinham esgotado na criatividade (o que não é mal nenhum pois acontece a muitos…os U2, por exemplo, que há cerca de 15 anos não lançam um disco verdadeiramente excelente) mas nunca deixei de ouvir.
Por isso estava nervoso.
O que iria eu assistir?
A uma banda reciclada, renascida das cinzas sem chama? Ou realmente a uma celebração que me iria surpreender!
Posso dizer que, aos primeiros acordes do belíssimo Plainsong, todo eu era lágrimas!
Revisitando os seus principais (e distintos) momentos da carreira, os Cure, durante cerca de 3 horas e tal, proporcionaram-me uma noite de sonho! Saltei, pulei, cantei e emocionei-me!
Para já, para além de Robert Smith, que bom foi ver um dos meus baixistas favoritos de sempre: Simon Gallup!!!!!!
Porl Thompson, o guitarrista “de sempre”! Wellcome back!!! Muito bem também o Jason Cooper que, apesar de não ser o Boris Williams (o eterno baterista dos Cure na grande fase dourada... e negra também), deu conta do serviço.
Apenas um reparo: penso que a opção de tornar o som dos Cure mais baseado na guitarra não deverá ser uma opção com a qual eu pactue. Penso que ouvir qualquer tema de Disintegration sem aquela atmosfera de sintetizadores é, a meu ver, uma pena…
Mas não questiono (quem sou eu…) as opções artísticas…
A jeito de curiosidade, gostei (e fiquei muuuuuito surpreendido) da presença de muita malta nova, a cruzar agora a barreira dos 19 para os 20 anos, e até mais novos, a assistir ao concerto.
Realmente é uma banda de culto que continua em forma e com hinos que serão eternos!!! Fica aqui uma “Picture of me” ;)
Desde esse disco, a banda desintegrou-se (até me causa arrepios esta palavra…) e Robert Smith, que goza da fama e do merecido proveito de autoritarismo no seio da banda, sempre afirmou que, para ele, pouco se importava quem estaria na banda desde que nunca se pusesse em causa a sua ideia e estética.
Smith, por outro lado, nunca escondeu que a formação que o acompanhou entre 1987 e 1991/92 era a melhor formação de sempre dos Cure.
Desde 92, quase a fechar um ciclo de cerca de 7 anos em que os Cure passaram a banda de estatuto mundial, embora mantendo a mandrola de culto, quase mais nenhum disco da banda me suscitou interesse.
Sei que muitos consideram Bloodflowers (2000), de certa forma,como um regresso aos Cure de Pornography (1982) e de Disintegration (1989). Mas, pese embora o esforço, penso que, por melhor que as intenções sejam, é quase impossível fechar a trilogia de forma segura: são duas pérolas, jóias ou gemas requintadas que são impossíveis de equiparar.Bloodflowers não é uma obra prima (apesar de uma nomeação para os Grammy na categoria de “Melhor Álbum de Música Alternativa”).
E este desinteresse tomou conta de mim.
Realmente pensei que os Cure se tinham esgotado na criatividade (o que não é mal nenhum pois acontece a muitos…os U2, por exemplo, que há cerca de 15 anos não lançam um disco verdadeiramente excelente) mas nunca deixei de ouvir.
Por isso estava nervoso.
O que iria eu assistir?
A uma banda reciclada, renascida das cinzas sem chama? Ou realmente a uma celebração que me iria surpreender!
Posso dizer que, aos primeiros acordes do belíssimo Plainsong, todo eu era lágrimas!
Revisitando os seus principais (e distintos) momentos da carreira, os Cure, durante cerca de 3 horas e tal, proporcionaram-me uma noite de sonho! Saltei, pulei, cantei e emocionei-me!
Para já, para além de Robert Smith, que bom foi ver um dos meus baixistas favoritos de sempre: Simon Gallup!!!!!!
Porl Thompson, o guitarrista “de sempre”! Wellcome back!!! Muito bem também o Jason Cooper que, apesar de não ser o Boris Williams (o eterno baterista dos Cure na grande fase dourada... e negra também), deu conta do serviço.
Apenas um reparo: penso que a opção de tornar o som dos Cure mais baseado na guitarra não deverá ser uma opção com a qual eu pactue. Penso que ouvir qualquer tema de Disintegration sem aquela atmosfera de sintetizadores é, a meu ver, uma pena…
Mas não questiono (quem sou eu…) as opções artísticas…
A jeito de curiosidade, gostei (e fiquei muuuuuito surpreendido) da presença de muita malta nova, a cruzar agora a barreira dos 19 para os 20 anos, e até mais novos, a assistir ao concerto.
Realmente é uma banda de culto que continua em forma e com hinos que serão eternos!!! Fica aqui uma “Picture of me” ;)
